Sejam Benvindos ao Blog Estudos Diplomáticos !

Este espaço foi criado para reunir conhecimentos acadêmicos e informações relacionadas ao Concurso para ingresso no Instituto Rio Branco.



domingo, 19 de abril de 2009

Dicas para o estudo eficaz


Como pude perceber, pelas dúvidas que foram sendo encaminhadas, o conteúdo desta obra do William Douglas poderá ser muito útil. Tive contato com este texto há cerca de ano e meio, em livro emprestado por um colega de trabalho. Trata-se do “Guia de Aprovação em Provas e Concursos".Autor: William Douglas. O conteúdo abaixo foi a síntese resultante da leitura.

- Conhecendo suas qualidades e defeitos: liste suas qualidades e seus defeitos. Aprenda a se conhecer melhor. Quais são os fatores externos considerados positivos a você? (segurança no emprego atual?... E os fatores negativos? ( atenção e saídas constantes com os filhos...).

- Dica importante do autor: Faça revisões semanais ou mensais. Fazer simulados (sobretudo provas anteriores), e rever os pontos que não foram acessados.

Sobre o Cérebro:
Aguce seu interesse pelas matérias. A partir da constatação da sua utilidade (estudo de línguas, tanto do português, quanto das línguas estrangeiras, etc..), programe o sistema límbico do anímico e da aquisição de uma “verdadeira paixão pelas matérias”;
Deixe sempre claro sobre a futura utilização do dado, dos conhecimentos adquiridos para que o cérebro queira memorizá-los.
Fixação e Manutenção das informações:
- perenização e manutenção das informações. Perenização dos registros: se dá pela indicação da utilidade do mesmo, o que ocorre pela boa fixação, que é conseguida pela utilização de técnicas e de associações da rede neural.. Recuperar informações rapidamente depende de: prática, treino, execução (releitura dos apontamentos, antes de prosseguir nos estudos).
Complementar, fazer redações e muitas questões (treino da memória) simuladas. Saber transmitir as idéias e conhecimentos.

Guardar informações a Longo Prazo
Ao estudar, enviar ao cérebro a importância do assunto estudado. Fazer resumos e revê-los periodicamente. Procurar relacionar os novos conhecimentos com aqueles já aprendidos.
Etiquetação Mental
Fixar bem o tema tratado, o índice, a capa, etc... Fazer leitura e releituras: fazer uma pré-leitura (índice, tópicos e idéias principais). Ler o texto com calma e depois relê-lo dando maior atenção aos pontos relevantes.

Técnicas básicas para o estudo eficaz
- a motivação; o amor à matéria; a curiosidade, a acuidade; e a “Agregação Cíclica”.
1ª fase: olhar o todo. Os princípios de cada matéria, fórmulas (ler livros resumidos, esquemas e índices de livros que sejam um pouco mais complexos)
2ª fase: desagregação. Transformando a sensação de confusão e dúvida em curiosidade.
3ª fase: primeiros encaixes (como um quebra-cabeças): o crescimento inicia em progressão aritmética para com o tempo passar p/ progressão geométrica, acelerar e “explodir”, fruto do persistente trabalho.
4ª fase: quanto mais se agrega conhecimento, mais fácil será agregar mais. Mas prestar atenção ao que está fazendo, absorvendo-se no trabalho ( concentração)
5ª fase: sucesso e próximos objetivos.

Ao estudar, fazer resumos, esquemas, gráficos, fluxogramas, anotações em árvore. Estudar a matéria, reler os resumos, antes de começar a estudar a próxima matéria. Quando o número de resumos se tornar muito grande, reler apenas os 4 últimos. Após, fazer revisão periódica pelos resumos.

Estudo por fases. Ler um livro de cada matéria, à escolha, o mais geral possível. Estabelecer metas finais, mas também objetivos intermediários. (Comer o “mingau” pelas beiradas...)

Tentar conjugar e colher os benefícios do estudo. Só; em grupos; em aulas e cursos específicos para concursos.

Fazer revisões da matéria (periódicas)
- ler e muito bem o edital, buscando mentalizar o valor e a importância dos assuntos p/ alcançar o objetivo e criar uma curiosidade profunda e sincera de conhecer e entender cada um daqueles temas. As provas dos últimos concursos são uma excepcional fonte de informação. Faça as provas antigas simulando o tempo e o material que o edital permite. Adquire-se a experiência dos veteranos.Provas: uma por semana a duas por mês.

O que “cai” em concursos. Existe uma estrutura lógica, que compreende o fim, as necessidades e atividades do cargo. Ver as questões que sempre caem, e as que dificilmente aparecem. Ver as questões que caíram há pouco tempo, os assuntos do momento, a História pregressa, o raciocínio dos examinadores. Dicas: todo o material impresso produzido pelo Órgão e pelos examinadores é uma excelente dica.
Os assuntos do momento tem grande chance de serem perguntados. Ver em um grupo de 10 provas anteriores, os assuntos repetidos em 5. São os assuntos “quentes”. Assuntos que caem pouco e não foram perguntados em dois ou três concursos, tem chances de serem repetidos.

Ambiente interno (corpo e mente) e externo (alimentação, silêncio, telefone, visitas)
Após os intervalos (quando a concentração começa a cair), intervalos de no máximo 15 minutos, voltar e fazer a revisão daquilo que se estudou. É um repasse da matéria que permite recomeçar do nível de entendimento no qual se parou.

Aprender a fazer provas, fazendo.
Fazer provas simuladas e reais (com tempo marcado). Resolver mais questões, se permitindo um tempo maior (p/ acostumar o organismo a uma maior concentração). À medida que a data do concurso se aproximar, fazer as provas em condições de tempo iguais (quanto ao nº de questões e tempo) às do concurso.
Provas se realizam com: - simplicidade; objetividade (responda ao que for perguntado).

Vésperas de Prova!
Dia Zero (véspera): começa com a decisão de ter sucesso no concurso. É o conjunto de procedimentos direcionados à obtenção de rendimento e resultados satisfatórios.
Proximidade da Prova (véspera 2): mês ou semana (depende da quantidade de matéria). Ocasião para revisões e simulados. Utilize os resumos, os mapas mentais e esquemas preparados durante o estudo. Dar atenção aos seus princípios básicos. Obter provas de concursos anteriores, desde que com gabarito. Simular inclusive a hora da prova: hora do início e término).
Um ou dois dias antes da prova (véspera 3): Não discuta nas vésperas. O próximo sempre tem razão. Evite alterar seu estado emocional. Evite estudar na véspera 3, mas se não suportar ficar sem estudar, estude de forma leve, descanse e durma cedo. Mentalizar imagens positivas de tranqüilidade e de calma, para na hora da prova lembrar-se da matéria. Respirar com calma – estado “alfa” para o cérebro.

Observações úteis depois da prova.
Relaxar um pouco. Depois... ver o resultado. Recorrer se for o caso. Refazer a prova faz fixar a matéria na mente para o resto da vida. E os assuntos se repetem nas provas seguintes. Corrija a prova. Analisar a prova e as próprias respostas é excelente instrumento de aperfeiçoamento.

Resumo para a prova

“Ate” “cair” “foi” “legal”, “administrei”, “revi” e “descansei”, onde:

“Ate”: corresponde a: atitude e atenção. Acima de tudo: calma, acuidade e manter o foco no objetivo.
“cair”: corresponde a calma e tranqüilidade.
“foi”: corresponde a foco.
“legal”: corresponde as instruções aos candidatos e ler a prova com atenção.
“administrei”: corresponde a administrar o tempo e administrar o que não sabe. Fazer a prova por matéria, iniciando pela que mais domina. E dentre estas as questões que sabe. Na 2ª passada, por matérias, resolva as outras, para ter chance de corrigir as questões a tempo.
“revi” corresponde a: revisões 1 e 2: a revisão 1 serve para conferir se respondeu todos os itens de uma questão múltipla. A revisão 2 é a correção da prova na hora da confecção (se tiver tempo), controlar a comichão de candidato e assumir o papel mental de examinador.
“descansei” corresponde a: intervalos, situação e atitude.


Bom, pessoal. Era isto. Espero que esta síntese os ajude. Procurem levar a sério estas dicas, pois o William Douglas é o bam, bam, bam dos concursos. E quem estiver mais interessado, sugiro a leitura do livro na íntegra.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Livros Fundamentais!


Existem obras na Bibliografia deste Concurso que poderiam ser classificadas como incontornáveis. Um destes casos considero ser este livro do Caio Prado. Ele se constitui em um marco da historiografia brasileira, quando o tema é o processo de colonização. Logo após haver terminado o mestrado em História na UFMG, na linha de pesquisa "História e Culturas Políticas", sentia a necessidade de conhecer mais alguns temas da História do Período Colonial, que os experts da área chamam de História do Império Colonial Português, pois a simples escuta de conversa de amigos da Linha de Pesquisa "História Social da Cultura", me havia trazido interrogações. Resolvi portanto, me matricular em uma “isolada” desta linha, para iniciar o estudo, de forma sistematizada, do Período Colonial. Qual o primeiro texto do Curso? Formação do Brasil Contemporâneo. Em um programa de curso preparado por uma das maiores autoridades no assunto: a Profª Drª Júnia Furtado. Com, efeito, Caio Prado produziu com este texto clássico, considerado na Academia, como fundador em termos de explicação marxista para a Formação do Brasil, uma obra tão duradoura, que se sustenta ainda hoje. Há mais: havia um colega que pesquisava sobre as Câmaras Municipais, e lembro que o texto do Caio Prado, o qual ele nunca lera na totalidade, acabou sendo decisivo (cap. Administração) para tirá-lo de alguns impasses na pesquisa. Bom, então parece que fica mais claro, porque o IRBr vem mantendo por todos estes anos, este texto do Caio Prado. Há uns dias atrás, olhando o Guia de Estudos (2008), vi que "a prova [de Português] apresenta textos curtos - extraídos da bibliografia obrigatória [e nesta constam livros de História - pag. 20, como Casa Grande&Senzala, Formação Econômica do Brasil, Visão do Paraíso e O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil, além é claro do texto do Caio Prado.] - que servem de base para uma redação (com o valor de 60 pontos) sobre tema suscitado pelos textos e para dois exercícios de interpretação (com o valor de 20 pontos cada um). O apoio em textos propicia subsídios ao candidato, visando evitar que deixe de escrever por falta de motivação ou informação acerca do objeto temático".
Ora, o que eles querem dizer com isto ? Penso que tratam de um importante aspecto que envolve este concurso: a moldagem, o perfil do candidato esperado. Para que serve um Diplomata ? Para defender os interesses do Estado Brasileiro. Da Nação Brasileira. A Diplomacia é uma carreira de Estado, e ao diplomata não basta somente, como alguns sugerem pensar, ser exímio conhecedor de idiomas, pois a diplomacia não é um balcão comercial acrítico onde o cliente lança suas demandas. Esse profissional não deve ser um simples burocrata, mas um indivíduo penso, articulado com o Mundo (Política Internacional, História Mundial, Noções de Economia, logicamente o Inglês e outras línguas..., porém dotado de uma cultura consistente, de leituras sobre o Brasil, onde não poderão faltar Freire, Caio Prado, Sérgio Buarque.
Ao ler uma coletânea de ensaios denominada Rio Branco, a América do Sul e a Modernização do Brasil, me deparei com as impressões deixadas pelo Barão em seus contemporâneos. Um grande jurista da época, Clóvis Bevilacqua, declarara que Rio Branco havia obtido seus êxitos nas diversas disputas sobre limites territoriais que participou, graças a sua elevada cultura histórica. Me inclino a concordar com isto. Em pesquisa para a minha tese de doutorado, deparei com textos do início do século XX, onde além do Barão, outro grande nome da diplomacia daquele início de século, Oliveira Lima, apareciam como incentivadores dos Institutos Históricos, da obtenção, guarda e publicação de documentos, do incentivo a pesquisas na Europa, resgatando aquilo que fosse importante para a História do Brasil.
Se formos olhar o programa, estudando os livros pedidos (mas por favor não queiram estudar todos...), descobriremos algumas interfaces, verdadeiras ruelas ligando a bibliografia da Geografia aos textos de Economia, e estes à Política Internacional, e por aí em frente. Então, vamos à leitura.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Diplomacia Popular ?


Apesar desta prática fugir um pouco do nosso propósito, reproduzo abaixo um pequeno artigo, do Mauro Santayana publicado no Jornal do Brasil. Achei interessante por evidenciar a dinâmica ocorrida no Itamaraty nos últimos anos. Espero que seja útil de alguma forma. (A foto é do Palácio Pereda, embaixada do Brasil em Buenos Aires ).
Coisas da Política - O Itamaraty, as elites e o povo
Mauro Santayana
A diplomacia brasileira foi organizada às pressas, com a tarefa inicial de obter o reconhecimento internacional do novo Estado e de lhe assegurar os recursos necessários aos primeiros atos de autonomia. Apesar dessas dificuldades, e dos contratos leoninos que os banqueiros ingleses impuseram, seguimos, desde o princípio, uma linha necessária de ação: a de preservar a integridade nacional dentro do território histórico. E isso foi obtido – mediante as negociações diplomáticas e as armas – quando rechaçamos a presença paraguaia em Mato Grosso e participamos da luta contra Hitler, que pretendia ocupar todo o Sul do Brasil.
É conhecida a preocupação, sobretudo de Rio Branco, em aliar, na escolha de nossos diplomatas, a inteligência à elegância e à aparência. O barão não admitia mestiços, e, antes de nomear alguém, fazia questão de convidar o candidato e sua mulher, para avaliar o futuro desempenho do casal. No tempo do Império, e durante grande parte da República, o recrutamento de nossos diplomatas se fazia entre as elites oligárquicas, rurais e burguesas. Esses grupos simplesmente ignoravam o povo, e tinham a ideia de que o território era propriedade de vasto clã familiar.
Foi difícil a Rio Branco, por exemplo, preferir Ruy Barbosa a Joaquim Nabuco para a chefia da delegação brasileira à Conferência de Haia em 1907. Nabuco, que já fora embaixador em Washington, e era filho do conselheiro do Império, Nabuco de Araújo, tinha o aplomb aristocrático que agradava ao barão. Providencial surdez do pernambucano – lembrada em editorial do Correio da Manhã, pouco antes da escolha – obrigou-o a aceitar o baiano, de resto homem de origem modesta.
A aristocracia de Rio Branco não o impediu de ser o competente defensor da soberania brasileira, em todas as questões fronteiriças e, sobretudo, em episódio pouco conhecido, o da Colônia do Descalvado, quando impediu que o Pantanal se tornasse uma espécie de Congo Belga. Pouco a pouco, com o amadurecer da República, jovens da classe média passaram a ingressar no Itamaraty, e já há, entre os mais recentes, filhos de trabalhadores. Não obstante isso, o Itamaraty, até há alguns anos, dava a impressão de representar apenas algumas parcelas da nacionalidade, embora houvesse exceções notáveis. Houve momentos em que homens da elite – como foram Affonso Arinos e Santiago Dantas – dirigentes do Itamaraty, da carreira ou não, procuraram representar o Brasil como ele é, e não como outros gostariam que fosse. Ressalte-se que, durante toda sua História, nossa diplomacia oscilou entre a defesa da soberania nacional de uns e a submissão de outros.
O êxito do Itamaraty, nesses anos de Lula, é explicável. Houve, entre o presidente e a Secretaria de Estado, completo entendimento. Ainda no governo Itamar ocorreu um choque no Ministério do Exterior, quando o presidente anunciou o nome de José Aparecido para substituir o aristocrata Fernando Henrique. O próprio Fernando Henrique foi contra a indicação, embora, durante o regime militar, ninguém se opusesse a que o banqueiro monoglota Magalhães Pinto ocupasse o cargo. Aconselhado pelos seus médicos, Aparecido, que estava enfermo, declinou do convite, mas não abriu mão de indicar Celso Amorim para o lugar. Tanto naquele momento quanto nesses últimos anos, Amorim entendeu que nos devíamos unir aos povos que têm os nossos mesmos interesses. Talleyrand dizia aos jovens diplomatas que, surtout, pas trop de zéle. Amorim, ao empossar-se em 2003, como ministro de Lula, recomendou aos subordinados que não tivessem medo. Não tivessem medo de defender os interesses brasileiros no mundo, quaisquer fossem os interlocutores. Poderia ter sido mais claro e aconselhado a que não se inibissem naquele momento em que um operário assumia a Presidência da República.
O Brasil, apesar de suas dificuldades, já deixou de ser o país do Carnaval. É uma nação moderna que volta a uma verdade simples: a prosperidade é tanto mais sólida quanto é mais bem distribuída. Por isso, o Brasil é hoje a ponte política entre o Ocidente e grandes países asiáticos, como a Índia e a China. E seus diplomatas – sob a chefia do ministro Celso Amorim e do secretário-geral Samuel Pinheiro Guimarães – podem dirigir-se ao mundo sem chocho deslumbramento e sem a submissão com que muitos agiram no passado recente.
Quarta-feira, 08 de Abril de 2009.

sábado, 4 de abril de 2009

Roteiro de estudos para Noções de Economia

Roteiro de estudos para a disciplina Noções de Economia

Esta disciplina cresceu em importância nos últimos certames desse concurso. Há quem afirme que a alteração no seu status encontra-se ligada ao novo perfil requerido para o profissional a ser recrutado. A criação da OMC, seus mecanismos de solução de controvérsias, e os contenciosos nos quais o Brasil se envolveu nos últimos anos (vejam o caso Brasil/Embraer x Canadá/Bombardier, fundamentam e decisão por tais perfis. Aqueles que se formaram em Economia, Administração, Ciências Atuariais e áreas afins assumem alguma vantagem. De qualquer maneira, uma verdade maior se apresenta: como também já andaram afirmando, o conceito de “noções” para o pessoal do CESPE/Unb possui outro significado.
Cumpre aqueles que se propõem a estudar seriamente para o concurso uma boa dosagem de conhecimentos de ciência econômica. É sob o risco de cometer equívocos muito grandes, por não ser dessa área de conhecimento que exponho minha estratégia para cumprir o programa proposto pela Banca examinadora. A comparação do Programa com a Bibliografia sugerida (p.63 e 64 do Guia de Estudos ed 2009), as escolhas, salvo juízos mais competentes, assumiram para mim, o formato abaixo:
- Considerado o programa em 4 partes, a saber, MICROECONOMIA; MACROECONOMIA; ECONOMIA INTERNACIONAL; e, ECONOMIA BRASILEIRA, aposto nas seguintes obras, todas da bibliografia sugerida:
1. O Manual de Economia, conhecido como o “Manual dos Professores da USP” possui uma parte introdutória a qual defendo não ser bom desconhecer. Em minha edição que é de 1991, esta parte está entre as páginas 3 e 27. É bom para “quebrar o gelo”, um contato inicial com a matéria. Até defenderia que o Manual dos Uspianos não é tão indecifrável assim, caso ele possuísse exercícios de fixação para microeconomia e macroeconomia. E por isto julgo melhor adotar outra obra entre as sugeridas. Porém mantenha-o sobre a mesa, pois ele possui apêndices que podem ser considerados como importantes, pois contemplam a economia brasileira.
2. Passemos ao que parece ser a unanimidade entre os atuais e futuros economistas: Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia, de N.G. Mankiw. Sua didática bem sucedida fica evidente à medida que se tenta – normalmente em vão – emprestá-lo em uma biblioteca universitária sem realizar prévia reserva. Desembolsar os cerca de R$100,00 parece ser então a solução.
3. Chegamos à Economia Brasileira. E seremos também pragmáticos. Como desdenhar um texto como Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado ? Para os indecisos aponto que esta obra é leitura obrigatória no programa de Português (p.22 – Guia de Estudos 2009), de História do Brasil (p.29 – Guia de Estudos 2009), além de figurar no Programa de Noções de Economia, pelo menos desde 1998. Com ênfase na Quarta Parte da obra: Economia de transição para o trabalho assalariado (mas somente para o programa de Noções de Economia, viu?. Para o Português e a História do Brasil, o negócio é ler tudo.)
4. Feita esta excelente leitura do grande mestre, seria ainda bom recorrer aos escritos da tanto excelente quanto carismática Maria da Conceição Tavares, “Da substituição de importações ao Capitalismo Financeiro”, com o capítulo “Auge e declínio do Processo de Substituição de Importações no Brasil”. Na minha edição de 1975, o texto abrange as páginas 27 a 124. A mesma importância dada a Celso Furtado no programa de noções de Economia vale para a Maria da Conceição Tavares, que persiste no programa pelo menos desde 1998.
5. A Ordem do Progresso: Cem anos de Política econômica republicana (1889-1989). Esta obra é incontornável. Ler com atenção. Possui livro de cabeceira? Então adote este.
6. Válida ainda será a leitura do capítulo “Economia Brasileira Contemporânea” (413 a 437) do bom Manual do Candidato, “Noções de Economia”, preparado com esmero por Carlos Águedo Nagel Paiva e André Moreira Cunha. Leia com especial atenção o que se refere aos anos 90. Você poderá baixá-lo gratuitamente e depois imprimir o capítulo citado. O endereço encontra-se na secção deste Blog destinada às formas de aquisição da Bibliografia. Mesmo se possuir o Mankiw ou o Manual dos Uspianos, sugiro manter este manual por perto.
7. Disponível ainda deve estar as Notas Metodológicas do Balanço de Pagamentos. Notas Técnicas do Banco Central do Brasil. Nº 1, junho, 2001. texto disponível, conforme o Guia de Estudos/2009, na página http://www.bcb.gov.br

Acho que é isto. Bom estudo a todos.