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Este espaço foi criado para reunir conhecimentos acadêmicos e informações relacionadas ao Concurso para ingresso no Instituto Rio Branco.



sábado, 31 de julho de 2010

Língua Portuguesa: 5. Termos da Oração ligados a nomes

Abaixo encontramos o item 1. do Programa de Português do CAD. Exigido de forma direta na 1ª Fase do Concurso ao IRBr, e de forma indireta na primeira prova da 2ª Fase, ele é o objeto principal das nossas postagens sob a rubrica Língua Portuguesa.
1. Língua Portuguesa: modalidade culta usada contemporaneamente no Brasil.
1.1 Sistema gráfico: ortografia, acentuação e pontuação; legibilidade.
1.2 Morfossintaxe.
1.3 Semântica.
1.4 Vocabulário.


Uma traumática transição: ainda o fim da Guerra Fria


A chamada "Segunda Guerra Fria" de Reagan-Bush (pai), juntamente com a crise e a desagregação do chamado "Bloco Soviético", são assuntos "quentes" por alinhavarem a Nova Ordem surgida na década de 1990. Um texto que ainda se impõe por emprestar inteligibilidade a todo esse processo, é a Era dos Extremos, de Eric Hobsbawm. Este pequeno texto, escrito de forma livre e sem anotações quanto a referências bibliográficas é colocado como uma pequena contribuição ao estudo desses temas.

Algumas Achegas sobre as Incertezas e Complexidades das Relações Internacionais, ou "Como a década de 1980 gerou a Nova Ordem Mundial"

A nova agenda internacional inaugurada nos anos iniciais da década de 1990 foi diretamente tributária dos acontecimentos surgidos a partir de 1980, ano no qual o presidente norte-americano Ronald Reagan, ator canastrão de filmes classe “B” das décadas de 1940 e 1950, e depois convertido, após o macartismo, a republicano e anticomunista ferrenho, a político sério com pretensões de estadista. Reagan imprimiu na sua administração os contornos daquilo que ficaria conhecida como a “nova guerra fria” a qual durou de 1980 a 1991. O “criativo” presidente que reutilizou a expressão “Império do Mal”, resgatando-a das histórias de Flash Gordon para utilizá-la em relação à União Soviética, não estava sozinho nesse novo papel, pois tinha na Europa, a conservadora Margaret Hilda Thatcher, primeiro-ministra britânica de 1979 a 1990. Com a eleição de um Papa polonês, o sempre sobrevalorizado – “por se manter fiel às raízes da Igreja e ao tempo presente” - Carol Woithila (João Paulo II), estavam pré-roteirizadas as propostas de desfecho, a nível superestrutural, para diversos eventos a ocorrer ao longo da década, os quais seriam considerados absurdos ao início da década de 1980. Reagan fazia com que seu governo atuasse em todas as frentes possíveis: o boicote às Olimpíadas de Moscou, onde de forma acertada e estratégica - se levarmos em conta apenas a 'razão de Estado', retirara parte do brilhantismo da peça de propaganda preparada pelos russos, o fazendo no entanto sob a desculpa da invasão russa ao Afeganistão, um ano antes. Reagan suspendera concessões unilaterais da administração Carter, endurecendo as relações com a URSS, e direcionando o Departamento de Estado e Defesa para o confrontacionismo, além de mover toda a administração norte-americana para o bloqueio econômico e tecnológico – em uma era na qual os microchips substituíam as antigas válvulas. O nunca executado projeto conhecido como “Guerra nas Estrelas”, a ambiciosa construção sobre o território norte-americano de um escudo anti-mísseis, selaria a sorte da corrida armamentista, e a URSS, desgastada ideologicamente e minada em termos econômicos, perdia a sua legitimidade nos países sob sua égide, e não conseguiria nem mesmo intervir diretamente no seu satélite polonês, colocado em estado de quase rebelião pelo sindicato Solidariedade. O sistema bipolar de organização do mundo, emergido ao final da II Guerra Mundial deixaria de existir pela simples dissolução de uma das superpotências, a URSS. Conseqüência imediata dessa transformação, seria que todos os países do Leste Europeu sob a influência soviética, constituintes da antiga “cortina de ferro”, e submetidos há quase seis décadas a um sistema de partido único e capitalismo de Estado, passavam após um rápido processo de revoluções-relâmpago, a integrar o sistema de economias de mercado. A única superpotência global, os EUA, colhidos de surpresa no meio de toda esta crise de poder, como o Departamento de Estado norte-americano mais tarde veio a admitir, não possuía as condições de estruturar por si próprio, uma nova ordem mundial. Abria-se espaço para a era da Globalização, do Consenso de Washington, da desregulamentação e abertura unilateral de mercados nos países em desenvolvimento, sob a ilusão da falácia de uma “smithisoniana mão invisível do mercado”, que na realidade, ainda que de forma “não invisível”, acabava por fazer fluir de maneira unilateral, e sob a desculpa das chamadas “vantagens comparativas” e de uma nunca admitida tentativa de reativação da antiga divisão internacional do trabalho, todos os benefícios da globalização para as economias dos chamados países capitalistas centrais. Restava ainda os diversos países e antigas colônias periféricas sob a antiga influência de americanos ou soviéticos. A descolonização e a retirada de apoio, mas não das armas fornecidas, a diversos regimes em países periféricos, serviu pelo abandono e falta de perspectivas, como combustível a alimentar ressentimentos contra o Ocidente – no caso do fundamentalismo islâmico – ou contra aqueles que tem os “olhos azuis e pele clara” em outras partes do mundo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Estudo Dirigido de Política Internacional



Respostas das Tarefas do Estudo Dirigido de Política Internacional

1) Leia atentamente o seguinte texto:

“Em um mundo com ameaças menores mas, em alguns aspectos, mais mortais, a capacidade de defender-nos e de defender nossos amigos contra ataques de mísseis e outras armas terroristas pode fortalecer nossa estratégia nuclear e fornecer complemento importante às capacidades puramente de retaliação. Além disso, a capacidade de proteger nossas forças é essencial para preservar nossa liberdade de ação em uma crise. Com esse propósito, deve-se alcançar defesa eficaz como mísseis (não apenas defesa doméstica, mas também a capacidade de defender as forças norte-americanas no exterior, nossos aliados e amigos) da maneira mais eficaz em relação ao custo que ofereça a moderna tecnologia.” (Donald Rumsfeld, março de 2001).

Em relação ao texto acima: a), identifique a corrente teórica das RI que melhor enquadram a fala do Ex Secretário de Defesa Norte-Americano ( 20 de Janeiro de 2001 a 8 de Novembro de 2006) , sob o governo republicano do Presidente George W. Bush.

Resposta: Os homens de Estado Norte-Americanos, via de regra, possuem cosmovisão e ethos moldados por princípios afeitos ao realismo. E o antigo Secretário de Defesa dos EEUU , durante parte do Governo Bush, não é exceção. As idéias-chave do realismo são a força e a sobrevivência, e seu precursor filosófico é Thomas Hobbes. Os realistas partem do pressuposto do sistema anárquico de Estados, e enfatizam a continuidade. Considera-se que são presas de uma visão estática ou cíclica do processo histórico. Em termos modernos, o realismo é exemplificado pelos textos e políticas do ex-Presidente norte-americano Richard Nixon, e do seu Secretário de Estado Henry Kissinger. Porém se entendermos que os problemas centrais nas relações internacionais são, para os realistas, a Guerra e o uso da Força, encontraremos agrupados no círculo dos realistas, Tucídides, Otto von Bismarck e E. H. Carr, com sua obra seminal Vinte anos de crise, 1919-1939, lançada aos primeiros movimentos da II Guerra Mundial. Seu teórico de maior projeção foi Hans Morgenthau, autor do clássico “A Política entre as Nações”, de 1948. Mongenthau, um emigrè ao tempo da II Guerra Mundial, fez dos EEUU sua nova pátria, e da Universidade americana, seu novo lar.


b) Justifique sua resposta extraindo da transcrição acima, os pressupostos dessa corrente teórica, anotando pelo menos, duas evidências que autorizem a identificação com a corrente proposta.

Resposta: Os princípios expostos por Hans Morgenthau no seu livro, “A Política entre as Nações”, parecem imbricados à declaração de Rumsfeld. Para Morgenthau (A Política entre as Nações, 1ª ed em 1947) há seis princípios centrais no Realismo Político:
1. O realismo político é governado por leis objetivas que tem raízes na natureza humana.
2. O conceito de interesse, definido em termos de poder, é o principal elemento das análises do realismo político.
3. O realismo admite que a idéia de interesse é realmente a essência da política, e que não é afetada pelas circunstâncias de tempo e de lugar.
4. O realismo político está atento ao significado moral da ação política.
5. O realismo político recusa identificar as aspirações morais de uma nação particular como uma lei moral que governa o universo.
6. As diferenças entre o realismo político e outras escolas de pensamento são reais e profundas. Entretanto, muitas teorias do realismo político tem sido mal interpretadas e mal entendidas. Isso não deve ser contraditório com sua distinção intelectual e atitude moral em matéria de política. Ora, Rumsfeld trata em todas as idéias-força constantes da sua declaração, da capacidade de defesa norte-americana, afinal a força empregada por um Estado – a guerra - não é a sua “última razão” ? Essa condição, para Rumsfeld, deverá se manter independente da força dos seus aliados, os quais os americanos deverão, inclusive, estar em condições de defender, independente da crise que ocorra. A linha-mestra do discurso de Rumsfeld é o princípio do interesse.



2) Tendo ainda em mente a fala de Rumsfeld, realize um esforço no sentido de correlacionar a preocupação daquele antigo Secretário de Defesa, com o padrão histórico perseguido pelos EUA, conforme exposto no texto de Cristina S. Pecequilo. (A Política Externa dos Estados Unidos: continuidade ou mudança?. Porto Alegre: UFRGs, 2003)

Resposta: A professora Cristina Pecequilo, em sua tese de doutoramento citada acima, nos remete às obras de Walter Russel Mead, autor que sustenta que a política externa dos EUA, como de qualquer outro país, é constituída por uma conjunto de interesses e valores tradicionais, sintetizados em preocupações estratégicas-chave traduzidas em determinada época por determinada geração, de forças específicas. Haveria para Mead, vistas voltadas prioritariamente para o caso americano, a constatação de que embora possam variar as maneiras pelas quais o interesse está sendo perseguido, no que são aplicadas diferentes táticas, dependendo do local, tempo e circunstância, um certo padrão subjacente na definição desse interesse, que é variável e não modificado pelas demandas do contexto. E a base de elaboração para a perseguição desses interesses está localizada na tradição da nação. Para Mead, citado por Cristina Pecequilo, são quatro as estratégias permanentes dos Estados Unidos:
1. A liberdade dos mares, traduzida para o atual contexto, como a liberdade dos mares e dos ares;
2. A abertura de portas, com vistas à expansão dos interesses comerciais;
3. O controle dos fluxos financeiros, comerciais e monetários; e,
4. A proteção doméstica do país, e a preservação do caráter específico de sua sociedade e política.

É importante ainda acrescer, de acordo com Pecequilo, que ao longo da evolução da política externa, três conjuntos de objetivos sempre estiveram presentes na agenda:
1. A garantia da paz e da prosperidade;
2. A manutenção da estabilidade e da segurança;
3. A promoção e a defesa da democracia.
E naturalmente, deveremos ter em mente que ,diluído nas idéias expostas por Rumsfeld, encontram-se mais ou menos claras, idéias afins ao conjunto de objetivos acima expostos, os quais encontram-se articulados aos seis elementos do padrão histórico norte-americano, a saber: 1- O experimento norte-americano; 2- O isolacionismo; 3- O unilateralismo; 4- A expansão das fronteiras; 5- O sistema americano; e, 6- O wilsonianismo.


3) No voo de volta ao Brasil, o “Blog do Planalto”, sítio eletrônico estatal vinculado à Presidência da República, entrevistou o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sobre o acordo firmado no dia 17 de maio entre Irã, Brasil e Turquia para o enriquecimento do urânio iraniano com fins pacíficos. O ministro estava convicto de que o acordo daria as condições necessárias para se evitar novas sanções ao Irã e comemorava a vitória da diplomacia sobre a pressão.
Observe abaixo, trechos da entrevista do Chanceler Celso Amorim, que auxiliam na compreensão sobre a posição brasileira em relação à crise iraquiana:
“Capacidade de persuasão do Brasil e da Turquia foi mais eficiente do que a linguagem da pressão”, dizia Amorim.
Para o chanceler brasileiro, os parágrafos do acordo que dizem respeito à troca do urânio iraniano - depósito de 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido na Turquia e recebimento, até um ano depois, de 120 quilos de urânio enriquecido a 20% - são os mais importantes, por ser “um instrumento fundamental para a criação de confiança e abrir o diálogo”.
Celso Amorim frisava ainda que o acordo prevê a continuação das negociações, e fazia questão de destacar ser a primeira vez que o Irã aceitava depositar seu urânio num terceiro país (no caso, a Turquia) e assumir por escrito seus compromissos com a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA).
“Eu acho que não há fundamento algum para novas sanções à luz do acordo. Não sou dono da cabeça de ninguém, mas eu acho que estão dadas as condições para a solução do caso do programa nuclear iraniano.”
a) do texto acima transcrito, quais pressupostos, levando-se em conta as correntes teóricas das Relações Internacionais, melhor espelha a posição brasileira ?

Resposta: A corrente neorrealista, da qual Kenneth Waltz é um dos grandes expoentes, poderia ser identificada como sendo a que melhor espelha a atual posição brasileira. Porém é claro que temos que tomar certas precauções quando relacionamos “tipos ideais” com o mundo real dos eventos diários. A Corrente neorrealista surgiu com o objetivo de desenvolver uma análise mais precisa das relações internacionais, baseada nos pressupostos realistas clássicos, porém com adaptações que tinham que considerar uma realidade internacional mais complexa. A perspectiva tradicional realista, vale dizer, o princípio da soberania estatal ( o Estado ainda como o grande ator do cenário internacional), a Sociedade Internacional sob limites no campo da cooperação e da integração, o equilíbrio de poder em defesa dos interesses dos Estados; sua expansão, ou, ao menos a preservação da sua existência. Na realidade, poderíamos dizer que mesmo tentando atualizar o realismo, os neorrealistas utilizam o chamado “núcleo duro” de alguns pressupostos que, agrupados em teoria, ajudaram a formar uma teoria advinda de certa tomada de posição diante de fatos da Política Internacional dos anos 20 e 30 do século passado, conforme encontramos em obras de Edward H. Carr (Vinte Anos de Crise, 1919-1939), assim como de “A Política entre as Nações”, obra de 1947, da lavra de Hans Morgenthau.
É bom que se diga que no Brasil posterior a 2002, ocorreu uma revisão nos rumos da política externa, mudança bastante imbricada à revisão do modelo de desenvolvimento que esvaziara o Estado de seu papel de comando em favor do mercado. Ora, ao reinvestir o Estado do seu papel tradicional de guia e condutor do desenvolvimento, porém tentando despir a antiga roupagem do desenvolvimentismo, em prol das características do que se entende por ‘Estado logístico’ o período pós-2002 testemunhou ser adotada, em termos de política externa, uma postura mais realista e despida de utopia, que tenta colocar em jogo a reciprocidade de interesses a realizar nas negociações. Para o Prof Amado Cervo, a diplomacia contribuiu positivamente para a criação de coalizões ao Sul, entre países emergentes que lograram bloquear as negociações comerciais sem reciprocidade entre o norte e o sul, desde a conferência ministerial da OMC em Cancun, em 2003. Para Cervo, esse foi o momento no qual o Brasil emergiu como poder global, passando a determinar, ao lado das estruturas hegemônicas, o ritmo e a natureza das regras e do regime do comércio internacional. Ou as regras da governança global seriam válidas e produziriam efeitos benéficos para todos os países que integravam a economia de mercado da era da globalização, ou deixariam de reger o ordenamento das relações internacionais. Convém lembrar que uma posição mantida pelos neorrealistas, em uma visão mais afeita ao momento atual, seria a Globalização. Os neorrealistas, á frente Waltz, alertam que os entusiastas da teoria da interdependência sofrem de falta de perspectiva histórica, pois o volume de trocas comerciais de 1913, somente tornou a ser alcançado em 1973.

b) Da fala do Chanceler brasileiro é possível identificar alguma continuidade quanto ao padrão histórico das Relações Internacionais do Brasil?

Resposta: Certamente. Dos excertos da fala do Chanceler Celso Amorim estão presentes vários componentes do acumulado histórico ou padrão histórico da diplomacia brasileira, os quais contribuem para fazer da política exterior, política de Estado, ao imprimir-lhe a lógica da racionalidade e ao dar prevalência à continuidade sobre a mudança, à causalidade sobre a ruptura. Convém lembrar que fazem parte deste padrão ou acumulado histórico (alguns deles identificados nos fragmentos da fala de Celso Amorim, acima): 1. Autodeterminação, não-intervenção e solução pacífica de controvérsias; 2. Jurisdicismo; 3. Multilateralismo normativo; 4. Ação externa cooperativa e não-confrontacionista; 5. Parcerias estratégicas; 6. Realismo e pragmatismo; 7. Cordialidade oficial no trato com os vizinhos; 8. Desenvolvimento como vetor; 9. Independência de inserção internacional.


4) Em relação à crise do Irã, o que mais difere as posições do Brasil e dos Estados Unidos, tomando-se em consideração os padrões históricos brasileiro e americano ?

Resposta: A primeira diferenciação em relação ao posicionamento mantido pelos norte-americanos, encontramos no acumulado histórico brasileiro denominado por “independência de inserção internacional”. Este acumulado, contamina como substrato ideológico, todos os outros, de acordo com o Prof. Amado Cervo. A vocação do Brasil é perseguir um modo próprio de inserção internacional, enquanto que aos Estados Unidos cabe o papel do hegemon, ou seja, daquele que dá as cartas do jogo, e obviamente, por ser considerado aquele sem o qual o jogo não se inicia. O Estado hegemônico exige o alinhamento às suas idéias e costuma jogar duro com os chamados Estados contestadores, considerado aqui, o Irã. Em relação aos Instrumentos da Política Internacional, sabemos ainda que, na perspectiva realista, a força militar é apresentada como o único instrumento que realmente importa. Ora, embora a força continue sendo um instrumento decisivo na Política Internacional, sabemos pelos escritos do Prof. Joseph Nye, que não é mais o único instrumento. E disto todos nós já não conseguimos manter sérias dúvidas. O uso da interdependência econômica, das comunicações, das instituições internacionais e dos protagonistas transnacionais às vezes desempenha um papel mais significativo do que a força. No Mundo de hoje, os EUA, ainda a potência hegemônica, tomando por base sobretudo a perspectiva realista, situação que se mantém, mesmo diante da contrafactualidade mais pessimista das projeções que a responsabilidade acadêmica permite sugerir como projeção futura, possui no presente mais recursos de poder que a Grã-Bretanha em seu ápice imperial. Porém possui menos poder que os britânicos quando governavam um quarto do planeta. Em 2003, por exemplo, os EUA não conseguiram sequer que o México e o Chile votassem a favor de uma segunda resolução do Conselho de Segurança da ONU, autorizando a invasão do Iraque. Os EUA invadiram o Iraque, batalha inicial da sua demanda, mas não conseguem administrar a ocupação. Na época da informação mundial, o poder, conforme escreveu o Prof. Nye, é distribuído entre os países de acordo com um padrão que lembra um complexo tabuleiro de xadrez tridimensional, no que se joga tanto na vertical, quanto horizontalmente. No tabuleiro de xadrez superior, estão as questões político-militares: aí os EUA é amplamente unipolar. Porém no tabuleiro intermediário das questões econômicas, os EUA não são uma hegemonia, e precisam negociar no mesmo plano, quando a Europa atua de maneira unificada. É sabido que nas questões antitruste ou comerciais, os EEUU devem equiparar-se à Europa, à União Européia, para conseguir acordos.E no tabuleiro de xadrez inferior das relações transnacionais que cruzam as fronteiras fora do controle dos governos, e incluem protagonistas tão diferentes como banqueiros e terroristas, o poder é disperso caoticamente. Colocadas estas considerações, e mantido o posto de potência hegemônica para os Estados Unidos, caberia aprofundar um pouco sobre a busca brasileira pela solução pacífica de controvérsias, padrão da ação diplomática que carrega princípios e valores que influenciam a conduta até o presente, e que seriam o fio condutor quando procuramos diferenças de posicionamento quanto à crise do Irã: o legado conceitual do pan-americanismo, o pacifismo do Barão do Rio Branco, o fato do Brasil se envolver em duas guerras mundiais engendradas pelos outros, a convivência das diferenças na sociedade brasileira, acaba sugerindo a coexistência entre nações de cultura e interesses diferenciados, entre outras influências. O Jurisdicismo, outro dos nossos acumulados históricos, reforça o padrão anterior da solução pacífica de controvérsias. Na perspectiva do jurisdicismo, os tratados foram assimilados como fatores de estabilização das relações internacionais, desde que o Brasil firmou, à época da sua independência, cerca de duas dezenas de tratados desiguais com as potências capitalistas de então.

domingo, 25 de julho de 2010

História Mundial: A Guerra Fria


Este pequeno texto que produzi como parte dos requisitos de um curso introdutório às Relações Internacionais, poderá auxiliar no entendimento de item integrante do nº 3 do programa de História Mundial. Obviamente ele não esgota o assunto, mas servirá como um incentivo à busca do conhecimento em futuras leituras. A Era dos Extremos (E.J Hobsbawm) e Ascensão e Queda das Grandes Potências (Paul Kennedy) são obras incontornáveis dentro do programa do CAD.



A Guerra Fria - uma introdução

O período compreendido entre os anos de 1945 e 1991 ficou particularizado na História contemporânea por causa da bipolaridade mantida pelas duas superpotências logo após o pós-Segunda Guerra. Período batizado como Guerra Fria, pois apesar de haver disputa por áreas de influência (Ásia e África, principalmente após o processo de descolonização), e tentativas bem ou mal sucedidas de projeção de poder em áreas previamente definidas como pertencentes aos respectivos oponentes (como foram os casos de Cuba - no hemisfério americano - e Afeganistão - área de influência soviética) , não houve enfrentamento direto entre os Estados Unidos da América (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). O envolvimento na 2ª Guerra Mundial mudara para sempre o rumo histórico dos EUA e da URSS, considerados os grandes vencedores daquele conflito de escala global. Se para os americanos ficou totalmente afastada a possibilidade de não envolvimento nos assuntos europeus ( naquilo que era um antigo conselho dos "pais fundadores" daquela nação), para a URSS, colocada após a Revolução de Outubro de 1917 sob um cordão sanitário pelas grandes potências, também já não seria mais possível ou recomendável continuar defendendo a revolução em um só país, o que valeria dizer que a “pátria do socialismo” deveria consolidar-se definitivamente, e formar outras pátrias, o que obviamente deveria ocorrer com a ajuda e planejamento do Kominform, criado em 1947 em substituição à III Internacional, e com o objetivo de controlar ideologicamente os partidos comunistas do mundo, além de propagar a revolução comunista. É interessante ressaltar que ao final da II Grande Guerra, o “exército vermelho” havia expulsado o invasor nazista de volta para os subúrbios de Berlin, e em seu caminho criara a mística de “libertador” de países como a Polônia, a Romênia, a Hungria e a Techcoslováquia, no que se revelou futuramente um grande erro tático dos seus aliados ocidentais. Quanto a isto, as reuniões de Teerã, Yalta (principalmente) e Potsdam teriam que considerar esta situação como fatos consumados naqueles eventos que se prenunciavam como uma espécie de “divisão do mundo. Futuramente, a política de Stálin seria reforçada nesses países através dos seus Partidos Comunistas, os quais assumiriam o poder. A reconstrução da Europa no pós-guerra era no entanto tarefa que demandava elevados recursos, no que os EUA teriam que jogar um papel fundamental. Maior potência econômica do planeta, os americanos haviam terminado a guerra com seu território e seu parque industrial incólumes. Uma pujante economia de mercado que traçara já em 1944, o que deveria ser a nova ordem econômica internacional do pós-guerra, decidida na pequena cidade de Bretton Woods, onde ficara acordado que o dólar, em substituição à libra inglesa, passaria a ser a moeda-forte da nova economia mundial. Nesse sentido, avultava o papel norte-americano na reconstrução européia, sendo o Plano Marshall o instrumento escolhido para a reconstrução dos países europeus no pós-guerra. O plano foi recusado pelos soviéticos, os quais trataram de fazer com que os países da Europa Ocidental por eles recentemente libertados também o fizessem. O Plano Marshall de reconstrução, orçado em cerca de 13 Bilhões de dólares da época (dólar-ouro) acabou restringido aos países ocidentais sob a esfera norte-americana, dos quais a Alemanha acabou se tornando a grande destinatária, tanto em face da destruição sofrida por sua economia, cidades e infra-estrutura, quanto pela necessidade de tornar Berlin ocidental uma espécie de vitrine do capitalismo. Como em um “jogo de espelhos”, a cada passo americano (e a ordem inversa também é verdadeira), seguiam os soviéticos com uma contra-medida, naquele condomínio de países socialistas que W. Churchill havia definido como a “cortina de ferro”. Assim, ao Plano Marshall americano, os soviéticos acenaram às economias socialistas e planificadas com o COMECOM (Conselho Econômico de Ajuda Mútua), à aliança militar liderada pelos EUA (1949), os soviéticos responderam com o Pacto de Varsóvia (1955). Porém, ao longo dos anos, a chamada Guerra Fria passou por fases onde as superpotências perceberam que não poderiam simplesmente partir para o confronto direto, pois corriam o risco de simplesmente “acabar com o jogo” (como quase ocorreu em 1962 com a crise dos mísseis em Cuba), sobretudo depois que a URSS passou a integrar o chamado Clube Atômico. O surgimento da China comunista e seu distanciamento da União Soviética, o surgimento do movimento dos países não-alinhados e as divergências dentro do próprio Bloco Comunista, como as ocorridas na Iugoslávia, a qual com o Marechal Tito manteve independência de propósitos desde os primeiros anos, e mais ainda, as intervenções na Hungria (1956) e na Techcoslováquia (Primavera de Praga,1968), e a ameaça velada sofrida pela Polônia sob a febre do sindicato Solidariedade (1980), mostravam as fissuras em um bloco de pensamento unificado, ideologizado sob partido único, economia planificada e altamente autárquica, e fundamental para um confronto econômico, onde o Estado não possuía recursos para refinanciar os seus sempre crescentes déficits públicos, situação avultada pela corrida armamentista patrocinada pelos Estados Unidos, em uma ótica de keynesianismo militar, e estimulada pela revolução do chip.Quanto às possibilidades de reforma no sistema, a Perestroika (reestruturação econômica) e a Glasnost (transparência política), propostas por Gorbatchev ao meado da década de 1980, iria se revelar como mais um fator de desagregação. Uma economia de mercado, como a norte-americana, amante do lucro e das oportunidades do crescimento individual, e valendo-se do “poder brando” mantido pela propaganda brotada de sua central cinematográfica, havia se revelado possuidora de maior capacidade de adaptação, em face das mudanças extremamente dinâmicas promovidas pela III revolução industrial.

sábado, 24 de julho de 2010

Língua Portuguesa: 4. Predicativos e Predicado

Acompanhe esta vídeo-aula. Retomamos o estudo da Língua Portuguesa, enquanto preparação para corresponder adequadamente na disciplina que é normalmente considerada a mais difícil neste concurso. Em breve a postagem de uma pequena bateria de exercícios. Bom estudo!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Como andam as atividades dos Estudos Dirigidos?



A todos os inscritos nos Estudos Dirigidos de Política Internacional - cujas tarefas estão na tela - e de Noções de Economia - cujas atividades em breve serão postadas:





Os Estudos Dirigidos serão a nossa principal atividade no mês de Julho. Estão animados? Então vamos aproveitar!

domingo, 4 de julho de 2010

Estudo Dirigido de Noções de Economia: Nova Leitura


Aos colegas de jornada inscritos no Estudo Dirigido de Noções de Economia, sugiro uma nova leitura. O Capítulo 26, Poupança, Investimento e Sistema Financeiro, de Introdução à Economia, de N. Gregory Mankiw. O texto em questão se encontra entre as páginas 561 e 582, tomando por base a 3ª Edição da tradução Norte-Americana.


A propósito, o Prof Mankiw (foto à esq.), mantém um blog muito interessante, e até divertido.
O endereço é: gregmankiw.blogspot.com

sábado, 3 de julho de 2010

Estudo Dirigido de Política Internacional: Atividades


Tarefas para o Estudo Dirigido de Política Internacional

1) Leia atentamente o seguinte texto:

Em um mundo com ameaças menores mas, em alguns aspectos, mais mortais, a capacidade de defender-nos e de defender nossos amigos contra ataques de mísseis e outras armas terroristas pode fortalecer nossa estratégia nuclear e fornecer complemento importante às capacidades puramente de retaliação. Além disso, a capacidade de proteger nossas forças é essencial para preservar nossa liberdade de ação em uma crise. Com esse propósito, deve-se alcançar defesa eficaz como mísseis (não apenas defesa doméstica, mas também a capacidade de defender as forças norte-americanas no exterior, nossos aliados e amigos) da maneira mais eficaz em relação ao custo que ofereça a moderna tecnologia.” (Donald Rumsfeld, março de 2001).

Em relação ao texto acima: a) Identifique a corrente teórica das RI que melhor enquadram a fala do Ex-Secretário de Defesa Norte-Americano ( 20 de Janeiro de 2001 a 8 de Novembro de 2006) , sob o governo republicano do Presidente George W. Bush.

b) Justifique sua resposta extraindo da transcrição acima, os pressupostos dessa corrente teórica, anotando pelo menos, duas evidências que autorizem a identificação com a corrente proposta.

2) Tendo ainda em mente a fala de Rumsfeld, realize um esforço no sentido de correlacionar a preocupação daquele antigo Secretário de Defesa, com o padrão histórico perseguido pelos EUA, conforme exposto no texto de Cristina S. Pecequilo. (A Política Externa dos Estados Unidos: continuidade ou mudança?. Porto Alegre: UFRGs, 2003)


3) No voo de volta ao Brasil , o “Blog do Planalto”, sítio eletrônico estatal vinculado à Presidência da República, entrevistou o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sobre o acordo firmado às vésperas, no dia 17 de maio entre Irã, Brasil e Turquia para o enriquecimento do urânio iraniano com fins pacíficos. O ministro estava convicto de que o acordo daria as condições necessárias para se evitar novas sanções ao Irã, e comemorava a vitória da diplomacia sobre a pressão.
Observe abaixo, trechos da entrevista do Chanceler Celso Amorim, que auxiliam na compreensão sobre a posição brasileira em relação à crise iraquiana:
Capacidade de persuasão do Brasil e da Turquia foi mais eficiente do que a linguagem da pressão”, dizia Amorim.
Para o chanceler brasileiro, os parágrafos do acordo que dizem respeito à troca do urânio iraniano - depósito de 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido na Turquia e recebimento, até um ano depois, de 120 quilos de urânio enriquecido a 20% - são os mais importantes, por ser “um instrumento fundamental para a criação de confiança e abrir o diálogo”.
Celso Amorim frisava ainda que o acordo prevê a continuação das negociações, e fazia questão de destacar ser a primeira vez que o Irã aceitava depositar seu urânio num terceiro país (no caso, a Turquia) e assumir por escrito seus compromissos com a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA).
Eu acho que não há fundamento algum para novas sanções à luz do acordo. Não sou dono da cabeça de ninguém, mas eu acho que estão dadas as condições para a solução do caso do programa nuclear iraniano.”

a) dos textos acima transcritos, quais pressupostos, levando-se em conta as correntes teóricas das Relações Internacionais, melhor espelha a posição brasileira ?


b) Da fala do Chanceler brasileiro, é possível identificar alguma continuidade quanto ao padrão histórico das Relações Internacionais do Brasil?


4) Em relação à crise do Irã, o que mais difere as posições do Brasil e dos Estados Unidos, tomando-se em consideração os padrões históricos brasileiro e americano ?

(Para melhor resposta a esta questão, fica sugerida a leitura de Inserção Internacional: formação dos conceitos brasileiros, do Prof. Amado Luiz Cervo, juntamente com o texto da Prof Cristina Pecequilo, mencionado acima) .
Para responder, utilize o espaço reservado aos comentários. Respondem apenas os leitores inscritos para esta atividade.

Estudo Dirigido de Política Internacional: Subsídios

Leia o texto abaixo. Ele representa um subsídio às tarefas propostas no Estudo Dirigido de Política Internacional


DECLARAÇÃO CONJUNTA DE IRÃ, TURQUIA E BRASIL
(17 de maio de 2010)

Tendo-se reunido em Teerã em 17 de maio, os mandatários abaixo assinados acordaram a seguinte Declaração:
1. Reafirmamos nosso compromisso com o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e, de acordo com os artigos relevantes do TNP, recordamos o direito de todos os Estados-Parte, inclusive a República Islâmica do Irã, de desenvolver pesquisa, produção e uso de energia nuclear (assim como o ciclo do combustível nuclear, inclusive atividades de enriquecimento) para fins pacíficos, sem discriminação.
2. Expressamos nossa forte convicção de que temos agora a oportunidade de começar um processo prospectivo, que criará uma atmosfera positiva, construtiva, não-confrontacional, conducente a uma era de interação e cooperação.
3. Acreditamos que a troca de combustível nuclear é instrumental para iniciar a cooperação em diferentes áreas, especialmente no que diz respeito à cooperação nuclear pacífica, incluindo construção de usinas nucleares e de reatores de pesquisa.
4. Com base nesse ponto, a troca de combustível nuclear é um ponto de partida para o começo da cooperação e um passo positivo e construtivo entre as nações. Tal passo deve levar a uma interação positiva e cooperação no campo das atividades nucleares pacíficas, substituindo e evitando todo tipo de confrontação, abstendo-se de medidas, ações e declarações retóricas que possam prejudicar os direitos e obrigações do Irã sob o TNP.
5. Baseado no que precede, de forma a facilitar a cooperação nuclear mencionada acima, a República Islâmica do Irã concorda em depositar 1200 quilos de urânio levemente enriquecido (LEU) na Turquia. Enquanto estiver na Turquia, esse urânio continuará a ser propriedade do Irã. O Irã e a AIEA poderão estacionar observadores para monitorar a guarda do urânio na Turquia.
6. O Irã notificará a AIEA por escrito, por meio dos canais oficiais, a sua concordância com o exposto acima em até sete dias após a data desta Declaração. Quando da resposta positiva do Grupo de Viena (EUA, Rússia, França e AIEA), outros detalhes da troca serão elaborados por meio de um acordo escrito e dos arranjos apropriados entre o Irã e o Grupo de Viena, que se comprometera especificamente a entregar os 120 quilos de combustível necessários para o Reator de Pesquisas de Teerã.
7. Quando o Grupo de Viena manifestar seu acordo com essa medida, ambas as partes implementarão o acordo previsto no parágrafo 6. A República Islâmica do Irã expressa estar pronta - em conformidade com o acordo – a depositar seu LEU dentro de um mês. Com base no mesmo acordo, o Grupo de Viena deve entregar 120 quilos do combustível requerido para o Reator de Pesquisas de Teerã em não mais que um ano.
8. Caso as cláusulas desta Declaração não forem respeitadas, a Turquia, mediante solicitação iraniana, devolverá rapida e incondicionalmente o LEU ao Irã.
9. A Turquia e o Brasil saudaram a continuada disposição da República Islâmica do Irã de buscar as conversas com os países 5+1 em qualquer lugar, inclusive na Turquia e no Brasil, sobre as preocupações comuns com base em compromissos coletivos e de acordo com os pontos comuns de suas propostas.
10. A Turquia e o Brasil apreciaram o compromisso iraniano com o TNP e seu papel construtivo na busca da realização dos direitos na área nuclear dos Estados-Membros. A República Islâmica do Irã apreciou os esforços construtivos dos países amigos, a Turquia e o Brasil, na criação de um ambiente conducente à realização dos direitos do Irã na área nuclear.


Manucher Mottaki
Ministro dos Negócios Estrangeiros da República Islâmica do Irã

Ahmet Davutoğlu
Ministro dos Negócios Estrangeiros da República da Turquia

Celso Amorim
Ministro das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil

Estudo Dirigido de Política Internacional: atividades


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Política Internacional: Hegemonia

Política Internacional: Os Pluralistas

Política Internacional: Os Globalistas

Política Internacional: A Corrente Teórica Realista

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Política Internacional: Uma Aula Introdutória

Assistam a um pequeno trecho desta Aula Introdutória ao Estudo das Relações Internacionais. São abordados, entre outros aspectos:
- A importância da Teoria; e,
- Um breve esboço sobre as Correntes Teóricas.