Sejam Benvindos ao Blog Estudos Diplomáticos !

Este espaço foi criado para reunir conhecimentos acadêmicos e informações relacionadas ao Concurso para ingresso no Instituto Rio Branco.



quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo! Boas Festas! Muitas realizações em 2010!



Com um grande abraço, são os votos que faço aos frequentadores deste Blog. Sejam todos muito felizes! Antonio Carlos.

Noções de Economia: Fundamentos de Microeconomia ( Estruturas de Mercado)

Concorrência perfeita, Monopólio, Concorrência Monopolística, Oligopólio. Vamos aprender um pouco mais de Economia.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Curso de Inglês: 2ª aula - Present Continuos e 3ª aula - The Past of To Be.

Segue o nosso curso "emergencial" de Língua Inglesa.

Presente Continuos



The Past of To Be



Como diriam os franceses, Bon travail !!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Curso de Inglês: 1ª Aula - Basic Structures

Esta postagem atende alguns pedidos materializados tanto através dos comentários dos leitores, quanto por remessa de e-mail. Não era a minha intenção inicial fazer postagens sequenciais de uma mesma disciplina às vésperas do concurso. A nova fase do nosso Blog, que iniciar-se-á imediatamente após a prova do TPS (24 de janeiro de 2010) seria uma data mais adequada. O Curso que iniciamos abaixo é bastante simples, composto por 24 lições, e voltado para candidatos aos diversos vestibulares. Mas obedece a um método, a uma sequência que é importante para os que buscam o aprendizado instrumental da Língua Inglesa. Após fevereiro, irei fazer a postagem de um Curso de Inglês maior e mais adequado. Previstas ainda estão as postagens de Cursos de Francês e Espanhol (nível básico). Contudo, continuo a sustentar o que escrevi abaixo, no Roteiro de estudo para a Língua Portuguesa ( como lembrança), o melhor a fazer é procurar inicialmente um curso 'sério' de idiomas, e após o esgotamento do que ele poderá oferecer, contar com a ajuda de um professor especialista no tipo de preparação requerida pelo CAD. E isto demanda tempo.

Basic Structures



Por hora, juntamente com o curso que postarei, faço a sugestão do uso do livro Inglês Passo a Passo, de um Dicionário Inglês-Português e de uma Gramática da Língua Inglesa. A leitura comparativa de obras (priorize as obras sugeridas no Guia de Estudos do Concurso!) em Inglês com as suas traduções editadas em Língua Portuguesa poderá ser uma boa pedida. Um abraço a todos. Antonio Carlos

Noções de Economia: 2. Fundamentos de Microeconomia

Esta vídeo-aula trata da Oferta, Demanda e Equilíbrio de Mercado. Abaixo segue um exercício para resolução.



EXERCÍCIO PROPOSTO
Um empresário encomendou uma pesquisa para descobrir como se comporta o mercado de chocolate. O economista contratado forneceu a ele as expressões da curva de oferta e de demanda. Hipoteticamente, seja a demanda dada pela função D=16-2p (D é a quantidade demandada de chocolate e p é o preço) e a oferta, por S=4p+4 (S é a quantidade ofertada de chocolate). Agora o empresário conta com sua ajuda para responder o seguinte:

a) Qual o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade?
b) Se o preço for fixado em R$3,00, haverá excesso de oferta ou de demanda? Quantifique.

Responda no espaço reservado aos comentários.

Noções de Economia: Iniciando o Estudo da Economia

Olá! Conforme sugerido por alguns dos nossos colegas/leitores, segue a primeira vídeo-aula de Noções de Economia. Trata-se do início do estudo, onde aparecem aspectos da matéria como Curva de Possibilidade de Produção, Custo de Oportunidade e Sistemas Econômicos. Uma complementação adequada seria utilizar a Introdução à Economia, do Mankiw, cap. 1 e 2. Postarei em breve alguns exercícios referentes a este vídeo. Bom estudo! Seu comentário será muito importante!

sábado, 19 de dezembro de 2009

Nossas próximas postagens: SUGESTÕES??

Olá, Pessoal! O dia do Concurso se aproxima. A ansiedade das Festas de Fim de Ano sempre tomam algum tempo, e acho até bom, pois ajuda a quebrar a rotina. Não farei o próximo Concurso. Mas estou aqui para ajudá-los naquilo que for possível, dentro do meu tempo cada vez mais escasso...
O objetivo maior desse espaço é caminharmos juntos na escabrosidade desse carreiro que é o CAD. Mas iremos sempre procurar fazer essa caminhada com serenidade, e lembrando que o foco principal aqui é democratizar o conhecimento. Não acredito em ações afirmativas baseadas em critérios racialistas, como diria o Prof. Demétrio Magnoli, cujos posicionamentos acerca desse tema eu respeito muito. Entendo a segregação/discriminação em nosso País como algo fundado em critérios sociais, e defendo que a pobreza é o grande empecilho a ser combatido.
Nosso humilde Blog, aproveitando dos avanços da inclusão digital, se propõe a disponibilizar material didático que julgo poderá ser bastante útil. Se o objetivo maior é caminharmos juntos, um dos objetivos secundários é prestigiar as disciplinas do Teste de Pré-Seleção, respeitando o nível de exigência dessa fase do concurso.
Em atenção a essa proposta, foram postadas vídeo-aulas, artigos e fichamentos, construídos roteiros de estudo, entre outros.
Tentei responder através de e-mail, ou manter diálogo por meio de conentários após postagens.
Possuo algum material que poderia ainda ser útil nos próximos dias, para o TPS. Acredito que priorizamos a História Contemporânea e do Brasil, a Geografia, a Língua Portuguesa, as Noções de Direito. Fiz apenas uma postagem de Noções de Economia, e nenhuma de Política Internacional ou de Língua Estrangeira. A maioria do material que disponho em termos de Política Internacional são fichamentos ou sínteses de livros da Bibliografia do CAD. Teriam que ser digitados, já que (sou do tempo da máquina de escrever...vocês já ouviram falar nelas?rs.)ainda tomo meus apontamentos no papel.

Há um ditado no Futebol que diz: "quem pede (a bola) recebe, quem se desloca, tem a preferência !"

Dessa forma, deixo abaixo o espaço de comentários, para saber daquilo que mais precisam. Vídeo-aulas de noções de Economia? Algo sobre Política Internacional? Vídeo-aulas de Inglês? Aguardo então as sugestões, com um abraço a todos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Vídeo-Aula de História do Brasil: 7. Redemocratização

Com esta postagem, terminamos as vídeo-aulas de História do Brasil. As páginas finais da História Concisa do Brasil tratam dos temas dessa vídeo-aula. Fazer a chamada História do Tempo Presente não é propriamente trabalho para historiadores, e a escrita desses fica cada vez mais parecida com a do jornalista. Onde o livro de História acaba, fica evidente a necessidade de acompanhar a imprensa diária, de boa qualidade. Faço votos de bons estudos a todos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Vídeo-Aula de História do Brasil: 6. Regime Militar

Complementando: em História Concisa do Brasil, de Boris Fausto, você encontrará, entre as páginas 257 e 310, os subsídios para substanciar seu estudo sobre este período (1964-1984). Lembrando sempre que em um Concurso dessa natureza, com várias fases, é importante o conhecimento de todas as matérias, inicialmente para atingir a nota de corte do Teste de Pré-Seleção (TPS).

sábado, 5 de dezembro de 2009

Vídeo-Aula de História do Brasil: 5. Período Democrático

É interessante consultar nossa sugestão no roteiro de estudo de História do Brasil. Partir do geral para o específico. Esta é a proposta de iniciar o estudo da História do Brasil pelo texto do Boris Fausto. Neste sentido, o objeto do vídeo abaixo encontra-se entre as páginas 219 e 256 de História Concisa do Brasil, de Boris Fausto, livro que, como é sabido de todos, integra o elenco de obras sugeridas pelo IRBr para o CAD.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Vídeo-Aula de História do Brasil: 4. A Era Vargas.

Vamos prosseguir com História do Brasil. Para aqueles que desejarem, e recomendo que o façam, a sugestão é a leitura de História Concisa do Brasil, de Boris Fausto. O Cap 4. A "Era Vargas" ou O Estado Getulista (1930 - 1945) encontra-se da pag. 185 à pag. 217. Então, bom estudo!

Vídeo-Aula de Língua Portuguesa: 10. Expressões que apresentam dificuldade.

Com esta postagem, encerramos a série de vídeo-aulas de Língua Portuguesa. As vídeo-aulas serão o suficiente para um concurso da natureza do CAD? Certamente não. Devem ser vistas porém como uma contribuição substancial ao aprendizado da nossa Língua. Devem ser complementadas com a utilização de uma boa Gramática (veja a indicação em nossos roteiros de estudo) que poderá ser adquirida usada, como sugestão, junto à Estante Virtual por módicos R$10,00... Com esse aparelhamento, uma boa dose de exercícios e muita força de vontade, é possível realizar uma boa prova. O resto é aperfeiçoamento. Bom estudo a todos.

Língua Portuguesa: 9. Pontuação

Pontuação é questão certa. Então vamos aprender as regrinhas.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Vídeo-Aula de Língua Portuguesa: 8. Concordância Nominal

Mais um bom tema de estudo. Concordância Nominal.

Língua Portuguesa: 7. Concordância Verbal

Concordância é tema sempre exigido. Seu desconhecimento é "morte certa"... .

Mais uma Vídeo-Aula de História do Brasil: 3. A REPÚBLICA VELHA (1889-1930)

O que escrevi para as 02 postagens referentes à Colônia e ao Período Imperial valem para a Primeira República, combinado? Compensará então após conferir o vídeo, folhear as págs 139 a 183 de História Concisa do Brasil, de Boris Fausto. Um abraço a todos. Antonio.

domingo, 29 de novembro de 2009

A Revolução Chinesa


Completando nossas postagens sobre as Revoluções no Século XX, apresento uma boa opção em meio às obras do guia de estudos para o entendimento da Revolução Chinesa. A obra de Jonathan D. Spence, EM BUSCA DA CHINA MODERNA: Quatro séculos de História. Dê atenção aos cap. 16,17,18,19,20 e 21.

Torne-se um membro. Associe-se. Faça seus comentários

Este Blog existe para nos impulsionar nos Estudos para o CAD. Neste objetivo, procuro disponibilizar o conhecimento contido nos materiais das postagens. Eles estão atendendo adequadamente os usuários do Blog? Não sei. Por isso preciso que os companheiros de estudo se pronunciem, sugerindo temas, comentando pontos que possam ter passado desapercebidos, ou pedindo temas específicos das matérias. Contamos com um canal de comunicação por e-mail: estudosdiplomaticos@gmail.com
Dentro do possível, procurarei atender individualmente aqueles que vierem necessitar de algum material digitalizado. Mas vamos combinar alguma coisa, certo? associem-se! É gratuito, assim como os materiais que serão enviados. Quando enviarem e-mail, façam referência ao seu nome de associado/seguidor. Aqueles que forem seguidores do Blog terão preferência no envio dos materiais. Bom estudo a todos!

Vídeo-Aula de História do Brasil: 2. Brasil Império

Vamos prosseguir com a síntese de História Concisa do Brasil, por Boris Fausto. Caso queira realizar a leitura correspondente a este vídeo, o que é muito recomendável, o texto encontra-se entre as páginas 77 e 138 (Capítulo 2 - O BRASIL MONÁRQUICO, 1822-1889).

sábado, 28 de novembro de 2009

Vídeo-Aula de Língua Portuguesa: 6. Verbos, Pronomes Relativos, Regência Nominal

Mais uma boa vídeo-aula. Temas que são verdadeiras cartas marcadas no CAD.

Revoluções Russa, Chinesa e Cubana

As REVOLUÇÕES NO SÉCULO XX: Rússia e China, assim como as REVOLUÇÕES NA AMÉRICA LATINA, nos casos do México (já tratada em artigo, ver postagem abaixo, marcador 'artigos') e Cuba são cobrança certa no CAD. Cabe então assistir para complementar o estudo...nos livros.

A REVOLUÇÃO RUSSA




A REVOLUÇÃO CUBANA

Vídeo-Aula de História do Brasil: 1. Brasil Colônia.

Olá. Vídeos são quase sempre muito úteis, pois agradáveis de ver, respondem muitas vezes de forma substitutiva a necessidades que temos de distanciamento de livros para assistir, digamos, um filme, um telejornal. Porém não substituem os livros, digo, a relação cognitiva necessária, dentro do alto nível de cobrança do Concurso para o CAD. Este vídeo é uma súmula de História Concisa do Brasil, de Boris Fausto. Minha sugestão é que assistam ao vídeo, e após isso, leiam na obra acima indicada o capítulo correspondente (Cap.I, pag. 9 a 75)

Vídeo-Aula de Língua Portuguesa: 5. Topologia Pronominal

Mais uma boa vídeo-aula. É questão certa! Topologia Pronominal

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Vídeo-Aula de Língua Portuguesa: 4. Sintaxe

O concurso já tem data marcada. Então não vamos brincar com o tempo. Sintaxe.

domingo, 15 de novembro de 2009

sábado, 14 de novembro de 2009

Vídeo-Aula de Língua Portuguesa: 2. Uso da Crase.

Fiquemos com mais esta boa aula de Língua Portuguesa: uso da crase. Cobrança certa em concursos.

Vídeo-Aula de Língua Portuguesa. 1.Acentuação Gráfica

Olá! Parece que o Concurso adiantou um pouquinho. Em face da "pedreira" que é a Língua Portuguesa, irei disponibilizar um curso completo. Porém é importante ressaltar que o estudo deverá ser complementado com a gramática e exercícios. Coragem!

Abertas as inscrições !

Com o Edital de 6 de novembro de 2009 foi dado início ao CONCURSO DE ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA/2010.

Como em anos anteriores, o Concurso será realizado pelo Instituto Rio Branco (IRBr), com a colaboração do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (CESPE/UnB). O edital completo encontra-se disponível no endereço eletrônico do CESPE/UnB
http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2010

sobre o Concurso:

Terá quatro fases:
a) Primeira Fase: Prova Objetiva, de caráter eliminatório, constituída de questões objetivas de Português, de História do Brasil, de História Mundial, de Geografia, de Política Internacional, de Inglês, de Noções de Economia e de Noções de Direito e Direito Internacional Público;

b) Segunda Fase: prova escrita de Português, de caráter eliminatório e classificatório;

c) Terceira Fase: provas escritas de História do Brasil, de Geografia, de Política Internacional, de Inglês,de Noções de Economia e de Noções de Direito e Direito Internacional Público;

d) Quarta Fase: provas escritas, de caráter exclusivamente classificatório, de Espanhol e de Francês.

Cada uma das fases será realizada simultaneamente nas cidades de Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Brasília/DF, Campo Grande/MS, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, Manaus/AM, Natal/RN, Porto Alegre/RS, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Luís/MA, São Paulo/SP e Vitória/ES.

SOBRE AS VAGAS: 108, sendo 6 vagas reservadas aos candidatos portadores de deficiência.
As inscrições poderão ser efetuadas somente via Internet, e o valor da taxa de inscrição é de R$ 120,00. O endereço eletrônico é http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2010
Período das inscrições: entre 10 horas do dia 9 de novembro de 2009 e 23 horas e 59 minutos do dia 13 de dezembro de 2009, horário oficial de Brasília/DF.
O pagamento da taxa de inscrição deverá ser efetuado até o dia 22 de dezembro de 2009. As inscrições somente serão acatadas após a comprovação de pagamento da taxa de inscrição. O comprovante de inscrição do candidato estará disponível no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2010, após o acatamento da inscrição, sendo de responsabilidade exclusiva do candidato a obtenção desse documento.
Informações complementares disponíveis no endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2010.

O Guia de Estudos para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata 2010 estará disponível até o final do mês de dezembro de 2009, no endereço eletrônico
http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2010.

domingo, 8 de novembro de 2009

Um documentário sobre a I Guerra Mundial




O Professor Francis Anthony Hew Strachan, nasceu em 1 de setembro de 1949 em Edimburgo, Escócia. É um historiador conhecido por seu trabalho como Docente junto ao exército britânico, além de ser renomado por suas pesquisas sobre a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Estudou em Cambridge, mas foi de Oxford que recebeu a incumbência para escrever uma História da Primeira Guerra Mundial. O documentário que você assistirá é a primeira de dez partes baseadas nessa obra. Espero que gostem e que seja útil para o nosso estudo.

História Mundial Contemporânea: novas postagens



Preparo uma série de postagens nas quais pretendo abordar uma considerável parte do Programa de História Mundial Contemporânea em seu item 3. Relações Internacionais. Os temas tratados serão variados, transitando entre a Primeira Guerra Mundial e a Guerra Fria: Causas da Primeira Guerra Mundial, Os 14 pontos de Wilson, A Paz de Versalhes, Os conflitos localizados, etc... . Utilizaremos fichas de leitura, mapas, documentários em vídeo e pequenos artigos. Portanto, aguardem!!!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Nossa última vídeo-aula de Direito Constitucional: Organização Político-Administrativa (Estados, Municípios e Distrito Federal)

Esperamos ter proporcionado com essas vídeo-aulas de Direito Constitucional um bom auxílio, senão algum incentivo aos que precisam de fontes confiáveis para o estudo. Aguardamos as sugestões daqueles que sendo Bacharéis em Direito, encontram-se, acredito, em melhores condições de opinar de forma fundamentada. Um abraço.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Noções de Direito. Aula: Poder Judiciário e os seus órgãos

Da separação das funções do Poder e de seus Órgãos. Vamos estudar mais uma boa vídeo-aula? Dessa vez, vamos conhecer mais sobre o Poder Judiciário e os seus órgãos

Nova vídeo-aula de Noções de Direito: Da Separação das Funções do Poder e dos seus Órgãos

Se depender do Estudos Diplomáticos, todos ficarão bem em Noções de Direito. Então vamos ao trabalho!

Nova vídeo-aula de Direito Constitucional

Prosseguimos com com a aula 2: O processo legislativo primário (Da separação das funções do Poder e de seus Órgãos) .

Direito Constitucional. Da separação das funções do Poder e de seus Órgãos

Vamos prosseguir com a Disciplina de Noções de Direito e Direito Público Internacional. Esta vertente do Concurso apresenta um bom grau de dificuldade, principalmente para os não Bacharéis em Direito. Aula: A separação de funções do Poder e do Legislativo.

domingo, 1 de novembro de 2009

O controle concentrado de constitucionalidade e as ações que o permitem.

Vamos prosseguir com o Direito Constitucional? Então damos sequência a mais uma boa vídeo-aula para concluir "Do Controle de Constitucionalidade".

A Guerra de Secessão ( Parte V - Final )




A Guerra de Secessão ( Parte V - Final )

(...Continuação)

Em face do que está sendo colocado, parece ficar evidente que os custos da guerra foram, juntamente com o poder industrial, o dobre-de-finados do Sul, pois a principal renda dos Confederados vinha da exportação do algodão, que foi sustada pelo bloqueio nortista. Por outro lado, interessa esclarecer que as potências européias não se envolveram diretamente na luta, auxílio que se constituía em esperança sulista, calcada é verdade em uma interpretação terrivelmente errônea das prioridades políticas britânicas de princípios da década de 1860.
No que toca a questões financeiras, é importante frisar que haviam poucos bancos no Sul e pouco capital líquido. Em termos tributários, a taxação da terra e dos escravos pouca receita proporcionava ao governo confederado, devendo ser tornado claro que o Sul tivera de correr o risco de retirar um número demasiado grande de braços da agricultura, minas e fundições, debilitando mais ainda sua já questionável capacidade de suportar uma luta prolongada.
Quanto ao que foi colocado acima, cumpre dizer que os empréstimos levantados no exterior pouco representaram, e sem divisas estrangeiras, ou sem mercadorias, ficava difícil custear as importações vitais. Havia mais, o volume do papel-moeda confederado, combinado com uma tremenda escassez de mercadorias, criou uma inflação “galopante”. Em contraste com o Sul, o Norte sempre pôde levantar dinheiro, fosse pela tributação ou pelo empréstimo, para custear com dinheiro suficiente, o conflito, pois a produtividade nortista crescera durante a guerra, não somente em munições, mas também em abertura de ferrovias e construção de navios encouraçados, assim como na agricultura.
Refletindo sobre o motivo de fundo da guerra, a expansão da escravidão para o Oeste, Hobsbawm põe em questão que, caso tal extensão da sociedade escravista tivesse ocorrido, se seria factível pensar em um enfraquecimento da escravidão. Ora, o Norte, conforme informa esse historiador, estava em posição de unificar o continente, condição que o Sul não possuía. Agressivos em postura – assim os avaliou Hobsbawm – o recurso real dos sulistas estava em abandonar a luta, e separar-se da União. O sinal para isso foi dado pela eleição de Lincoln, em 1860, o que significava que haviam perdido o “meio-Oeste”.
Não obstante, se o triunfo do Norte era o triunfo do capitalismo norte-americano e dos Estados Unidos moderno, não seria o triunfo do Negro, pois embora a escravidão fosse abolida, depois de alguns anos de “reconstrução”, o Sul retornou ao controle dos brancos conservadores sulistas. O Sul permaneceu então, pobre, agrário, atrasado e ressentido, mas guardando uma autonomia substancial, com seu voto em bloco a exercer alguma influência nacional, sendo este apoio essencial para o sucesso do partido Democrata.

(Na foto acima o importante centro ferroviário de Atlanta, no Oeste, após capturado pelas tropas da União sob o comando do General Sherman, em setembro de 1864)

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Bibliografia:

HOBSBAWM, Eric J. A era do Capital (1848-1875). 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
Kennedy, Paul. Ascensão e Queda das Grandes Potências: transformação econômica e conflito militar de 1500 a 2000. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1989.
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É sempre oportuno lembrar que o texto que produzi acima não ambiciona esgotar o assunto que é objeto do Concurso ao IRBr.

Para saber mais...

Saindo um pouco das obras sugeridas para o concurso ao IRBr, creio que pode ser sugerida a seguinte obra:
SELLERS, Charles, MAY, Henry, McMILLEN, Neil. Uma reavaliação da História dos Estados Unidos: de Colônia a Potência Imperial. Rio de Janeiro: Zahar, 1990.

sábado, 31 de outubro de 2009

A Guerra de Secessão (Parte IV)



A Guerra de Secessão ( Parte IV )

(...Continuação)

A Guerra Civil Norte-Americana foi acima de tudo, uma guerra de massa e de inovações técnicas, com exércitos sendo transportados por ferrovias, empregando tanto artilharia, quanto armas leves modernas, comunicando-se por telégrafo com os seus quartéis-generais e utilizando-se de recursos de mobilização de uma economia de guerra. Pode ser considerada, ainda segundo Paul Kennedy, muito antes que a Guerra da Criméia ou as campanhas de unificação da Prússia, como a primeira “guerra total” industrializada, a empregar em suas campanhas navais o uso – pela primeira vez – dos encouraçados, das torres rotativas, dos primeiros torpedos e minas, mas também, de rápidos barcos corsários a vapor.
Porém, é em face da desproporção de recursos humanos e materiais existentes entre o Norte e os Estados Confederados que se pode, inferindo-se uma igualdade de disposição de ambos os lados da guerra, esboçar algumas linhas sobre as possibilidades de vitória para os contendores naquele conflito. A começar pelo Sul, Kennedy encontrou as seguintes vantagens:
1- A motivação, pois os sulistas estavam lutando pela sua própria existência, e em geral, em seu próprio solo;
2- Poderiam convocar uma proporção mais alta de homens brancos, que sabiam montar e manejar armas de fogo;
3- Contavam com generais decididos e de boa qualidade; e,
4- Por muito tempo ainda, pôde o Sul importar munições e outros abastecimentos para compensar suas deficiências de material.
Vantagens insuficiente de contrabalançar, se comparadas com as que contavam as forças do Norte, a saber:
1- Um população de cerca de 20 milhões de brancos, total sempre aumentado pela constante chegada de imigrantes, sendo que mais de 800 mil aportaram na América entre 1861 e 1865;
2- A decisão, de 1862, quanto ao recrutamento de soldados negros, o que foi evitado pelos sulistas até os últimos meses da guerra;
3- O Norte tinha 110 mil estabelecimentos industriais, contando o Sul apenas com 18 mil, além disso o Norte e seu exército de trabalhadores industriais especializados detinham conhecimentos técnicos dos quais dependiam as precárias indústrias do Sul. Uma espantosa disparidade econômica entre beligerantes que iria aos poucos transformar-se em real supremacia militar;
4- O Sul podia fabricar fuzis em pequena quantidade, graças à maquinaria capturada em Harper’Ferry, enquanto o Norte podia ampliar maciçamente a sua fabricação;
5- O sistema ferroviário do Norte, que era de cerca de 33 mil km de extensão pôde ser mantido e ampliado, estendendo-se do Leste para Sudoeste, ao passo que os 14 mil km do Sul combinavam-se com um estoque inadequado de locomotivas e material rolante gradualmente desgastado;
6- Na marinha a desproporção de forças se apresentava de forma abissal, pois mesmo que ao início do conflito a União e os Confederados não apresentassem um poder marítimo a ser considerado, o Sul sofria a desvantagem de não possuir um parque industrial capaz de fabricar motores marítimos, enquanto o Norte tinha dezenas desses estabelecimentos. O Sul Confederado teria que contentar-se com barcos corsários, os quais, apesar da desproporção de forças, iriam impor pesadas perdas à marinha mercante do Norte.
Nas palavras de Paul Kennedy, foi o uso combinado do transporte ferroviário e aquático que ajudou as ofensivas da União no teatro de operações do Oeste, sendo o poderio marítimo do Norte, vital para assegurar às suas forças armadas o controle dos grandes rios, em especial na região do Mississipi-Tennessee.
( Acima gravura representativa da Batalha de Gettysburg, ocorrida de 1 a 3 de julho de 1863. Foi a batalha com maior número de baixas na Guerra. Considerada, não sem polêmica, o ponto de inflexão da Guerra, pois nela é sustada a invasão do Norte pelo exército confederado do General Robert E. Lee.)
(...Continua)

A Guerra de Secessão (Parte III)



A Guerra de Secessão ( Parte III )

(...Continuação)

Afinal, ao capitalismo do Norte, dado que o abolicionismo militante por si só não era suficientemente forte para determinar a política da União, caberia ter achado, segundo Hobsbawm, qualquer que fossem os sentimentos privados dos homens de negócios, um meio de chegar a um bom termo com o Sul escravista e explorá-lo, ainda que houvessem sinais que as sociedades escravistas estivessem com os dias contados. Por sua vez, Paul Kennedy põe em evidência a pujança econômica norte-americana mesmo antes da Guerra Civil. Com efeito, o gigante econômico que havia se tornado os Estados Unidos, seria ocultado apenas, segundo Kennedy, por fatores como a distância da Europa, a concentração no desenvolvimento interno ( e não no comércio exterior), e a natureza acidentada do interior.
A verdade é que os EUA haviam, em 1860, superado a produção mundial de manufaturas da Alemanha e da Rússia, estando ainda na iminência de alcançar a França, embora estivesse bem atrás da produção britânica. Em breve, toda essa capacidade manufatureira iria ser canalizada contra o Sul, em uma luta fratricida que faria mais vítimas que a soma do total sofrido, já no século XX, pelas tropas norte-americanas nas duas Guerras Mundiais e na Coréia, com a agravante de ter sido suportada por uma população muito menor.
O que trouxe o Sul para uma situação de crise, defende Hobsbawm, foi um problema específico: a dificuldade de coexistência com um capitalismo dinâmico no Norte, e um dilúvio de migração para o Oeste. Nas palavras desse historiador, o Sul dos Estados Unidos era, à época, uma virtual semicolônia inglesa, região agrária não envolvida pela industrialização e com a qual o Norte não estava muito preocupado em termos puramente econômicos. As principais disputas seriam, seguindo essa linha de pensamento, políticas, o que equivaleria dizer que o Sul achava vantajoso o mercado livre, pois supria a maior parte do algodão que a indústria inglesa precisava, ao passo que o Norte encontrava-se comprometido há muito tempo com tarifas protecionistas, na salvaguarda dos interesses da sua indústria, porém incapaz de impô-las de forma adequada por causa dos interesses do Sul.
O Sul acabaria dessa forma, por se tornar um obstáculo ao Norte, ao prosseguir na sua política expansionista em direção do Oeste, pois a extensão formal da escravidão aos novos Territórios e Estados era crucial para o Sul, ao mesmo tempo que era irrelevante para o Oeste. De onde se autoriza a revestir, como pretende Paul Kennedy, de uma grande relevância o papel das lideranças envolvidas no conflito, sua disposição de lutar até o fim, convocando para isto, centenas de milhares de homens para uma guerra que ameaçava ser prolongada. Concorreram para tal prolongamento, as grandes distâncias existentes, com uma “frente” que ia do litoral da Virgínia até o Mississipi, e ainda mais para o Oeste, até o Missouri e Arkansas, em áreas de florestas, pântanos ou montanhas. Essas grandes distâncias também existiam no mar, pois para impor um bloqueio naval aos portos do Sul, as forças da União teriam de operar em uma área tão extensa quanto o litoral que vai de Hamburgo a Gênova. Para usarmos da expressão de Paul Kennedy, a guerra seria necessariamente de grande escala.
(Na imagem acima, uma ilustração do Plano Anaconda, de bloqueio econômico ao Sul)
(Continua...)

A Guerra de Secessão (Parte II)



A Guerra de Secessão ( Parte II )

(...Continuação)

Em seu clássico A Era do Capital, o historiador inglês Eric Hobsbawm acentuou, em relação à História Norte-Americana dois temas, no seu entendimento, profundos e eternos: o Oeste e a Guerra Civil, no que assinala, ter sido a abertura do Oeste, nomeadamente suas partes Sul e Central que vieram a precipitar o Conflito bélico.
Naquele momento então, coexistiam nos Estados Unidos da América duas sociedades: a representada pelos Estados do Norte, caracterizada por colonos livres, despontar do capital, migração européia e oportunidades em ascensão e a representada pelos Estados do Sul, basicamente uma sociedade agrária e escravista de exportadores de produtos primários, onde o algodão era o principal produto de exportação para os cotonifícios ingleses.
O ano de 1860 serviu como uma espécie de desfecho decisivo em termos de escolhas: Abraham Lincoln, republicano, fora eleito para a presidência dos Estados Unidos, derrotando Stephen A. Douglas, democrata nortista, Jhon C. Breckinridge (democrata sulista), e John Bell (unionista constitucional). Anos antes, em 1854, ocorrera um conflito entre os Estados de Kansas e Nebraska sobre a introdução do escravismo no centro do país, fato que viria a precipitar a formação do Partido Republicano.
A assunção de Lincoln à presidência dos Estados Unidos levaria à secessão dez Estados, que doravante seriam denominados Estados Confederados da América, onde participam inicialmente a Carolina do Sul, Geórgia, Alabama, Flórida, Mississipi, Louisiana; sendo que após o bombardeio do Forte Sunter, a Virgínia, a Carolina do Norte, o Tennessee e o Arkansas. De fora dessa Confederação ficavam alguns estados hesitantes: Maryland, West Virgínia, Kentucky, Missouri e Kansas.
Existe na historiografia uma disputa sem fim acerca da natureza e origens da Guerra Civil Norte-Americana, em uma discussão que se volta para a existência ou não de compatibilidade entre a sociedade escravista que havia no Sul dos EUA e o capitalismo dinâmico e expansivo do Norte. Para Eric Hobsbawm, a verdadeira questão seria saber porque essas sociedades contrastantes acabaram indo à guerra e ao desejo de secessão, ao invés de buscarem formas de coexistência.
(Continua...)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Mais uma aula de Noções de Direito: Do Controle de Constitucionalidade

Mais uma aula para aproveitar o feriadão: O controle difuso e o concentrado de constitucionalidade Aproveitemos para estudar...

Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas

Damos continuidade ao Direito Constitucional: aula Defesa do Estado e das Instituições Democráticas . Essas aulas são realmente muito boas, e pretendo mantê-las como fonte segura para o uso dos nossos seguidores. Um abraço, bom feriado e, para aqueles que resolveram estudar, bom estudo!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Direito Constitucional. Direitos e Garantias Fundamentais: "Writs" Constitucionais e a Ação Popular.

Porque postamos aulas que se pode encontrar na "Rede" e baixar? Ora, a Internet dita veloz, "banda larga", assim como o PC próprio, infelizmente ainda não é uma realidade para todos, e uma das linhas-mestra do nosso Blog é democratizar o conhecimento... em todas as vertentes possíveis! Se explicado, segue mais uma excelente vídeo-aula de Direito Constitucional. Fiquemos todos com uma opção "on-line" para o horário de almoço, no computador dos nossos locais de trabalho.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A Guerra de Secessão


A Guerra de Secessão ( Parte I )


A Guerra de Secessão, também conhecida por Guerra Civil Norte-Americana, constitui um capítulo de tamanha importância na História dos Estados Unidos que não é exagerado dizer que povoa o imaginário daquela grande Nação.
Focalizada de forma direta ou não, e por variados ângulos em tantos filmes – talvez o de maior sucesso ainda seja ‘E o vento levou’ – ou de renovados documentários, sua importância é tamanha que até desenhos animados – como do Pernalonga ou do Scooby-Doo - já se utilizaram da indumentária de soldados nortistas e sulistas, no que parece nos autorizar ao endosso de algumas observações de Eric Hobsbawm, historiador que considera a Guerra Civil e o Oeste como os temas mais profundos e eternos da História americana, localizados na cultura popular.
A Guerra durou efetivamente, de 1861 a 1865, com o ataque confederado em 12 de abril, ao Forte Sunter, considerado o início das hostilidades. Passados quatro anos, o Sul estava esgotado em seus recursos, e os confederados apresentam sua rendição a 09 de abril de 1865, quando o General Lee rende-se ao General Grant, em Appomattox Courthouse.
Na abordagem do tema que iremos desenvolver, tomaremos alguns cuidados, diretamente relacionados ao nosso interesse no concurso ao IRBr. A Guerra da Secessão encontra-se inserida no item 5 ( A Evolução política e econômica das Américas ) do programa de História Mundial Contemporânea. Nosso desafio maior será, dentre as obras mais representativas do sumário de obras sugeridas, tratar desse tema da maneira mais adequada. Ficarão de fora diversos aspectos factuais, que poderão ser complementados por algumas leituras adicionais, o que poderá ser feito mesmo em obras consideradas fora do programa, ou até mesmo por consulta a sites especializados.
Sugerindo que deixemos de lado a obra de E. Burns, passaremos a tratar de dois bons livros de autores também consagrados, que sem perder-se no torvelinho dos eventos, heróis, e da linguagem inadequada tanto quanto ultrapassada, abordam em termos bastante satisfatórios, o tema da Guerra da Secessão. Serei pragmático, e irei me utilizar largamente das obras de Paul Kennedy (Ascensão e Queda das Grandes Potências) e Eric J. Hobsbawm (A Era do Capital).
(Continua....)

Mais uma vídeo-aula de Direito Constitucional

Apesar de receber o título de "Noções de Direito", esta disciplina do concurso ao IRBr oferece sérias dificuldades para candidatos não versados em Ciências Jurídicas. Vamos então estudar os Direitos e Garantias Individuais: Nacionalidade, Direitos e Partidos Políticos. Programamos também uma série sobre Noções de Economia, onde utilizarei material do Mankiw, entre outros, mas também de um curso de extensão que estou finalizando. Acompanhem, e bom aproveitamento! Antonio.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Direito Constitucional. Vídeo-Aula: Direitos e Garantias Fundamentais

Vamos prosseguir com o Direito Constitucional. A presente aula, versa sobre Direitos e Garantias Individuais e Coletivas. Importante será seguir a orientação do Professor, sempre reiterada em suas assertivas: "- É importante ter em mãos a Constituição. Não há outra receita." E vamos ao trabalho!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Mais uma Aula de Direito Constitucional

Esta aula é a continuidade da Teoria da Constituição, postada abaixo. Creio ser essas vídeo-aulas uma boa forma de estudo inicial da Disciplina Noções de Direito para o CAD. Uma boa assistência a todos.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Uma Aula Introdutória ao Direito Constitucional

Como incentivo aos que desejam iniciar o estudo da Disciplina de Noções de Direito e Direito Público Internacional. Esta aula de Direito Constitucional me pareceu interessante. Um bom subsídio.



terça-feira, 13 de outubro de 2009

Uma Introdução ao Estudo do Direito Internacional



Baixei esta aula introdutória. Achei muito boa, e a iniciativa de quem a fez, parece das melhores. Parabéns ao palestrante, e receba nossa divulgação como um elogio por sua didática.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Nosso e-mail



Olá, Companheiros de caminhada. Lembro a todos o e-mail para contato direto com o editor deste Blog. estudosdiplomaticos@gmail.com
Dentro do possível, atenderemos as demandas. Um grande abraço a todos, e permaneçamos na luta!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Um abraço a todos os seguidores!




Neste dia de Feriado Nacional, aproveito para dar as Boas Vindas aos novos seguidores do Blog Estudos Diplomáticos, cumprimentando também aos que nos acompanham há mais tempo. Este Blog foi uma idéia surgida meio ao acaso, mas que têm me ajudado a prosseguir nesta difícil caminhada, que é de todos nós, rumo aos Quadros do Corpo Diplomático. Aproveito ainda para convidar a todos a refletir sobre o futuro do Brasil. O que nós representamos e poderemos representar ainda mais para o Mundo. Somos um País de miscigenados. Acho isso ótimo! Muito auxilia o Brasil em sua inserção internacional. Mantenho um elevado amor pelo meu País e sou otimista ( apesar de alguns tristes fatos do presente tentarem me desdizer ) quanto ao nosso Futuro, que começa hoje e a cada dia. O Bem, o Trabalho e a Justiça terão cedo ou tarde, que prevalecer. Não falarei das nossas tão conhecidas riquezas naturais, nem mesmo da capacidade de superação de nosso povo, que reúne as melhores qualidades de todas as etnias. Mas olhemos para o Céu. Que outro País pode ostentar no seu firmamento,com tanta beleza o Cruzeiro, como homenagem àquele que nos ensinou o caminho das verdades eternas? Um grande abraço a todos. Antonio.

domingo, 6 de setembro de 2009

Roteiro de Estudos para Português



Roteiro de Estudos para Português ( Contendo ainda observações sobre Inglês, Francês e Espanhol)


O Idioma Pátrio...O Exame desta disciplina é considerado por muitos como o mais difícil. A Banca preza pela escrita certinha, meio quadrada, formal, em suma a linguagem normatizada e culta. Teria como ser diferente? Então não vamos discutir com a Soberana Banca, e tratemos de por mãos à obra, melhor dizendo, às Gramáticas, aos Dicionários, sem esquecer a Bibliografia Obrigatória.
Sempre é bom lembrar que estas sugestões estão direcionadas para aqueles candidatos que estão fora das salas dos cursinhos por: distância dos Centros onde a preparação é oferecida; por falta de recursos para freqüentar os cursinhos; ou ainda por se recusar a freqüentar, pagando a peso de ouro, aulinhas “Tabajara” onde sabemos que “nenhum dos seus problemas serão resolvidos!”.
Face à minha “exposição de motivos”, tenham ainda, peço, paciência, pois sou apenas um Professorzinho de História tentando apresentar dicas e sugestões que estou sinceramente tentando seguir. Críticas dos Professores de Letras, ou mesmo daqueles que se sentem mais à vontade com “a última flor do Lácio, inculta e bela”, serão sempre bem recebidos.
Talvez seja interessante começar pela Bibliografia Obrigatória. (Repararam que o restante das obras do Programa são colocadas como “Bibliografia sugerida”?)

A Bibliografia obrigatória referente a 2009 foi realmente muito boa. Machado de Assis, Gilberto Freyre, Celso Furtado, Sérgio Buarque de Holanda e Joaquim Nabuco. Podemos desconsiderar o estudo de tais obras? Não! E reparem que à exceção de Machado de Assis e Joaquim Nabuco, as obras pedidas dos autores acima figuram em outros pontos do Programa, e no caso específico de Formação Econômica do Brasil, encontra-se sugestão de leitura para História do Brasil e Noções de Economia. Então, vale caprichar na leitura. (Lembro a todos que disponibilizei minha síntese sobre a Economia Brasileira no Século XIX, após leitura dessa obra...).

Podemos então tratar daquilo que viemos tentando aprender desde as primeiras séries colegiais. Tenhamos em mão uma boa Gramática, e dentro do possível, das respostas dos exercícios nela propostos. Então sugiro esquecer a Gramática do Celso Cunha & L.F. Lindley Cintra (Nova Gramática do Português Contemporâneo)
Claro, se você já estiver acostumado com ela, e melhor, colhendo dela bons resultados, continue. Se não, sugiro a Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa, de José de Nicola e Ulisses Infante. Editora Scipione. Esta gramática deve andar lá pela 20ª edição. Conversando na livraria, você poderá conseguir o Caderno de Respostas, material que considero imprescindível, pois lhe dará a segurança de prosseguir no aprendizado dos pontos subseqüentes.
Outra boa dica, seria a Gramática Ilustrada de Hildebrando A. de André. De uso consagrado. Desconheço algum caderno de respostas semelhante ao da Gramática Contemporânea, mas existe o livro do professor, que se costuma conseguir com professores amigos.
E já que a CESPE costuma anular uma questão certa para cada questão considerada errada, compensa fazer muitos exercícios. A boa dica será Português 1200 testes de vestibulares resolvidos, de Hildebrando A. de André. Em mais de 200 páginas, você encontrará exercícios propostos sistematicamente coerentes com o programa da Gramática do mesmo autor. E tudo com respostas ao final do livro. Se não me engano, paguei pela Gramática usada, cerca de R$10,00, e pelo livro de testes, R$5,00. Ambos adquiridos na Estante Virtual.
Ainda uma boa opção de livro de exercícios é Português: Dúvidas, Textos e 1800 Questões, de Jorge Vicente (Editora Impetus). Os livros dessa Editora não costumam ser baratos – mas afinal que Editora no Brasil produz livros baratos? – porém o autor, Prof Jorge Vicente, que tive a honra e satisfação de ter como meu Professor há muitos anos em Niterói, é bastante metódico. E como todo bom livro voltado para concursos, este possui respostas nas páginas finais.
Teremos que escrever, e muito bem. Ortografia, Pontuação e Crase, de Adriano da Gama Kury, obra sugerida no programa do CAD, é uma boa opção de reforço naquilo que se propõe. Teoria, para recordar, e muitos exercícios, com respostas.
Quanto aos Dicionários, sem restrições. Tanto o Aurélio, quanto o Houaiss indicados no Guia de Estudos (disponível no site da CESPE, indicado abaixo), serão boas opções.
Chegamos à parte voltada à Lingüística e Interpretação de Textos.
Três referências parecem se impor. Comunicação em Prosa Moderna, de Othon M. Garcia; Usos da Linguagem, de Francis Vanoye e Pensar com conceitos, de John Wilson. Fáceis de conseguir na Estante Virtual, e em Bibliotecas Universitárias são presenças garantidas nos acervos. Escolha o que lhe servirá melhor. Ou fique com todos.
Temos ainda como boa indicação o livro de Renato Aquino, Interpretação de Textos, editado pela Campus, na série Provas e Concursos. Apresenta teoria e 800 questões comentadas.
Finalmente a indicação de algo que sairá inteiramente “de grátis”, mas que não é de forma nenhuma “Tabajara”. Entre na página da FUNAG e baixe o Manual do Candidato “Português”, de autoria de Francisco Platão Savioli e José Luiz Fiorin, no seguinte endereço: http://www.funag.gov.br/biblioteca-digital/manuais-do-candidato

**Observações sobre Inglês, Francês e Espanhol**

Sem formular um roteiro de estudos para Inglês, Francês e Espanhol, me arrisco a tecer alguns comentários a respeito dessas disciplinas. Conhecer esses idiomas não garantirá, como alguns candidatos que travei contato pensam, a aprovação neste Concurso. O concurso não quer selecionar “Tradutores/Intérpretes”. Há de ser tecnicamente bom em idiomas, sem descurar de Noções de Economia, História do Brasil, Política Internacional, Noções de Direito e Direito Público Internacional e Geografia, além é claro da “pedreira” da Língua Portuguesa.
Penso que o estudo desses idiomas terá de ser feito necessariamente, acompanhado de um professor com formação específica, se possível inicialmente em curso regular. Uma parcela dos cursos de línguas estrangeiras tem condições de oferecer boa preparação. Mas aí vai uma primeira dica: se você não estuda idiomas há muito tempo, comece recordando algo através da coleção “Passo a Passo”, cujo autor é Charles Berlitz. Ajudará bastante a possuir uma visão geral, da estrutura do idioma. Ficará mais fácil acompanhar uma turma. Após alguma frequência em turmas normais, talvez seja melhor conversar e procurar preparação mais específica. A leitura de periódicos em Inglês, Francês ou Espanhol certamente vai auxiliar muito. E a leitura simultânea de obras indicadas para o CAD nas outras disciplinas, e que possuem boa tradução para o Português sempre será uma boa opção de treino. Sem muita neurose.
Um ponto bastante positivo a ressaltar nesse concurso, é que há muitas provas do CESPE, em que estas disciplinas foram exigidas, disponíveis no site http://www.cespe.unb.br
E sempre será válido recordar um dos ensinamentos do “Papa” dos Concursos, Willian Douglas, o qual defende que aquele que faz provas anteriores adquire a “experiência dos veteranos”.

sábado, 5 de setembro de 2009

Algumas palavras sobre as Revoluções Burguesas


O estudo das diversas Revoluções - Americana, Francesa, Mexicana, Russa e Chinesa deve encontrar-se em nossos roteiros de estudo para a História Mundial Contemporânea. São assuntos cuja persistência nos últimos concursos demonstram o seu peso. Desconhecê-los é "morte certa"...
Há algum tempo, elaborei para alunos de um Curso de História Moderna este paper. Talvez seja útil antes de iniciar o estudo factual dessas Revoluções. É interessante ressaltar que mesmo as revoluções nas quais o processo revolucionário foi radicalizado e aprofundado, levando sociedades à via comunista (nomeadamente a Russa e a Chinesa), conheceram suas fases burguesas. Espero que ajude. Um grande abraço a todos. Antonio.
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A Revolução Francesa, uma Revolução Burguesa.
Antonio Carlos Figueiredo

O que são as revoluções burguesas?

Em termos esquemáticos podemos dizer que revoluções burguesas seriam eventos históricos nos quais a burguesia se constituiu, senão como a protagonista, pelo menos como a beneficiária do processo que abriu caminho ao capitalismo, transformando, no Ocidente, a sociedade de aristocrática e feudal em burguesa e capitalista.
Mas um fator que chama atenção quando se analisa o processo revolucionário de uma revolução dita burguesa, é o comportamento “pouco revolucionário” da burguesia, antes e durante esse processo. Ao contrário do que seria lógico supor, nos momentos cruciais dos processos revolucionários, não foi a burguesia que conduziu tais processos à vitória. Se tomarmos como base a Revolução Inglesa do Século XVII, encontramos a alta burguesia aliada com a pequena nobreza, contra o rei, mas não desejando, e isto valia principalmente para os grandes chefes presbiterianos, uma vitória absoluta, no que pretendiam manter a monarquia como uma forma de controle sobre as demandas do povo; povo do qual a burguesia precisava e ao mesmo tempo temia. O “novo exército modelo”, com sua carreira aberta ao talento iria conquistar a vitória militar contra as forças realistas, não obstante trouxesse com suas demandas, que eram as demandas de camponeses e artesãos, a conjuntura de uma revolução social, quando os levellers londrinos entrassem em contato com a agitação do Exército.
Numa perspectiva teórica, toda classe revolucionária é revolucionária por ser capaz de elaborar e por em prática um projeto social novo, trazendo em seu bojo a possibilidade de realização de uma nova sociedade. No caso da burguesia, o liberalismo, produzido pelos filósofos iluministas seria o projeto, e a instauração da sociedade burguesa e capitalista, a realização. Mas o fato de uma classe revolucionária trazer em si a possibilidade de realizar uma nova sociedade não implica que esta realização esteja automática e inevitavelmente garantida. Para que uma revolução venha a ocorrer, é necessário que se crie todo um conjunto de circunstâncias excepcionais, ou seja, uma situação de crise revolucionária.

O que seria uma crise revolucionária ?

Tanto historiadores, quanto cientistas sociais reconhecem que para a existência de uma situação de crise revolucionária tem de haver uma falta de harmonia entre o sistema social e o sistema político, situação à qual Chalmers Johnson chamou de disfunção, palavra derivada do modelo de equilíbrio estrutural –funcionalista dos sociólogos. A disfunção seria o resultado de algum processo novo e em desenvolvimento, em consequência do qual determinados subsistemas sociais se encontram numa condição de privação relativa. Assim, um rápido crescimento econômico, uma conquista imperial, novas crenças metafísicas e mudanças tecnológicas importantes seriam, nessa ordem, os quatro fatores que interviriam com mais frequência. Se a disfunção for um processo lento ou suficientemente moderado, é possível que não atinja níveis perigosos.
O segundo elemento vital na criação de uma situação de crise revolucionária é determinado pela posição e atitude defensiva da elite. Se a elite não se adapta à nova situação de disfunção com suficiente rapidez e habilidade que lhe permita atravessar a tempestade e conservar a confiança popular, ela poderá perder a sua capacidade de manipulação e/ou a sua superioridade militar, ou a confiança em si mesma, ou sua coesão; pode ainda separar-se dos que dela não fazem parte, ou sucumbir a uma crise financeira; pode ser ainda, incompetente, fraca ou brutal. O que resulta ser fatal é a combinação destes erros com a intransigência, quando a elite não consegue antecipar a necessidade de reforma, bloqueando todo meio pacífico e constitucional de ajustamento social, fazendo os elementos que sofrem privação, unir-se numa única oposição contra ela.

A burguesia e as classes populares frente ao processo revolucionário

Costuma-se aceitar que na instauração da sociedade capitalista, a burguesia não se comportou e não lutou como uma classe revolucionária na derrubada da antiga ordem, e havendo sido derrubada a antiga ordem, o comportamento da burguesia teria sido mais reformista do que revolucionário, fazendo com que seja aceito que a instauração da sociedade capitalista e burguesa deva ser creditada mais aos efeitos de correntes de forças desencadeadas pela revolução industrial e à ação política revolucionária das classes populares, do que à burguesia. Assim, a construção da nova ordem teria sido resultado também da ação das classes populares urbanas e rurais, em suas lutas, tanto para defender suas antigas condições de vida, face às transformações em curso, quanto para reivindicar participação no novo sistema de poder.
Haveriam dois tipos de revoluções burguesas, sendo a primeira, de tipo passivo ou pelo alto, de caráter reacionário, pois a burguesia chega ao poder sem derrubar a classe e o Estado dominantes, mas fazendo um arranjo político com elas, a burguesia não assume a direção da sociedade, mas assegura a realização de suas exigências econômicas e as antigas instituições sofrem apenas uma modernização.
Neste sentido, a revolução francesa é considerada uma revolução burguesa ativa, a única verdadeiramente revolucionária, o que não se deu pelo fato da burguesia francesa ser diferente das demais, mas pela conjuntura social da revolução francesa, que permitiu a colocação progressiva na cena política das massas rurais e depois urbanas, no que se torna possível propor o esquema explicativo de uma revolução burguesa com sustentação popular, o que constituiria a originalidade do caminho revolucionário francês, num modelo em que se juntam as revoluções burguesa, urbana e camponesa.
Quanto a uma formulação de hipóteses sobre as etapas sociais de uma Revolução, um interessante estudo foi realizado por Crane Brinton que embora tivesse pensado em especial na Revolução Francesa, estendeu sua problematização para outras Revoluções ocorridas no Ocidente. Crane Brinton entendeu então a primeira fase da Revolução dominada por elementos burgueses e moderados, após o que ocorreria a sua substituição pelos radicais, ocorrendo então um reinado do terror; posteriormente haveria uma reação termidoriana para desembocar finalmente com o estabelecimento de uma forte autoridade central sob direção militar, para consolidar os limitados ganhos da Revolução.


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Lançamento do livro Culturas Políticas na História: Novos Estudos





Encontra-se disponível aos leitores uma nova contribuição para que pensemos a categoria Cultura Política. Culturas Políticas na História: Novos Estudos, obra que tive a honra e felicidade de contribuir com texto da minha lavra, foi lançada em Fortaleza e Belo Horizonte (veja as fotos do lançamento em BH). Com textos que possuem em comum o conceito de Cultura Política como ponto de partida analítico, é uma boa indicação para estudantes e profissionais de História,Sociologia, Jornalismo, entre outras.

domingo, 30 de agosto de 2009

Sites e Blogs de interesse para candidatos ao Instituto Rio Branco






Está claro que as escolhas são sempre pessoais, e sendo assim, subjetivas. Existem outros Sites e Blogs, tão bons ou melhores quanto os que indicarei, e o espaço para comentários, como sempre, ficará em aberto. Há alguns dias indiquei o CAOS, que deixa de constar nesta relação, por já ter sido indicado anteriormente.
1. http://institutoriobranco.wordpress.com/ .
Blog de Estudos para Admissão ao Instituto Rio Branco. A proposta desse Blog é apresentar Provas, exercícios, Bibliografia e divagações sobre o mundo da Diplomacia.

2. http://www.pralmeida.org/
Site do Diplomata Paulo Roberto de Almeida, que apresenta livros (ele é um prolífico escritor!), publicações e trabalhos originais deste bem humorado Doutor em Sociologia, que edita vários Blogs.

3. http://www.clubemundo.com.br
Site com artigos muito interessantes, agregando o Boletim Mundo e a Revista Pangea. Demétrio Magnoli comparece assiduamente nesse espaço virtual.

4. http://www.funag.gov.br
Site governamental do braço editorial do Ministério das Relações Exteriores. Imperdível! Livros para Download e inúmeras informações institucionais para aqueles que pretendem, algum dia, tornar-se riobranquinos.

sábado, 22 de agosto de 2009

A Economia Brasileira no Século XIX (7ª Parte)




A Economia Brasileira no Século XIX – Parte 7


(Continuação...)


Em termos gerais seria ainda possível acrescer, conforme anotou Celso Furtado que o “reduzido desenvolvimento mental da população submetida à escravidão provocará a segregação parcial desta após a abolição, retardando sua assimilação e entorpecendo o desenvolvimento econômico do país,Por toda a primeira metade do século XX, a grande massa dos descendentes da antiga população escrava continuará vivendo dentro do seu limitado sistema de necessidades, cabendo-lhe um papel puramente passivo nas transformações econômicas do país.”
Caberia então focalizar o efeito da extinção do trabalho servil nas economias do açúcar e do café. Começamos pela região açucareira. Nesta não foi difícil atrair e fixar parte substancial da antiga força de trabalho mediante um salário relativamente baixo.
No decênio que antecedeu a Abolição, beneficiara-se a indústria açucareira com vultosas inversões de capital estrangeiro, sob auspício do governo central, o que acabou por possibilitar importantes transformações técnicas. Em 1875 o Parlamento aprovara lei autorizando ao governo imperial dar garantia de juros a capitais estrangeiros empregados naquele setor da economia, até o montante de 3 milhões de libras. Entre 1875 e 1885 foram instaladas 50 usinas de açúcar com moderno equipamento financiado quase sempre por capitais ingleses.
Não obstante, à época da Abolição, as terras agricultáveis estavam praticamente ocupadas na totalidade, e nas regiões urbanas havia excedente populacional constituindo problema social desde o início do século. Para o interior, a economia de subsistência se expandira, com pressão demográfica sobre as terras semi-áridas do agreste e da caatinga.
Foram essas barreiras, a urbana e a do agreste que limitaram a mobilidade da massa de escravos recén liberada na região açucareira. E se as inovações técnicas reduziram a procura por mão-de-obra, a qual já abundava em conseqüência da pouca mobilidade oferecida pelas barreiras conhecidas, as dificuldades trazidas à exportação pelas modificações do comércio mundial do produto, causadas pela libertação política de Cuba - que passava a contar com inversões maciças de capital americano na sua indústria açucareira – proporcionaram o surto excepcional do açúcar cubano, movido pelo tratado de reciprocidade com os Estados Unidos, em detrimento dos interesses açucareiros nordestinos.
Na região do café se deu algo distinto, quanto às conseqüências da Abolição. Nas então províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e em pequena escala, São Paulo havia se formado uma importante agricultura cafeeira à base de trabalho escravo. A queda da fertilidade das terras dessa primeira expansão do café, de regiões montanhosas e sujeitas à fácil erosão e a expansão proporcionada pela estrada de ferro colocaram essas antigas regiões produtoras em desvantagem em relação às novas regiões que confluíam para o Oeste paulista.
A grande corrente migratória européia e a falta de incentivos mais decisivos para que o antigo escravo fosse à busca de salários substancialmente mais altos, contribuíram para que estes se refugiassem na agricultura de subsistência, dada a relativa abundância de terras.
Aos antigos escravos libertos, a região cafeeira acabou rendendo salários, avaliados por Celso Furtado, como relativamente elevados, indicando uma redistribuição de renda em favor da mão-de-obra, ganho que pareceu ao autor como de efeitos antes negativos que propriamente positivos pela utilização dos fatores.
Com efeito, assim se expressou Celso Furtado, sobre alguns traços mais amplos da escravidão: “ O homem formado dentro desse sistema social está totalmente desaparelhado para responder aos estímulos econômicos. Quase não possuindo hábitos de vida familiar, a idéia de acumulação de riqueza é praticamente estranha. Demais, seu rudimentar desenvolvimento mental limita extremamente suas ‘necessidades’. Sendo o trabalho para o escravo uma maldição e o ócio o bem inalcançável, a elevação de seu salário acima de suas necessidades - que estão definidas pelo nível de subsistência de um escravo – determina de imediato uma forte preferência pelo ócio.”
A economia brasileira parece haver alcançado uma taxa relativamente alta de crescimento na segunda metade do século XIX. Nesse meio século a renda real teria, segundo os cálculos de Celso Furtado, se multiplicado por 5,4, representado, conforme anotou o autor, uma taxa de crescimento anual de 3,5 por cento e de crescimento per capita de 1,5 por cento. Taxa elevada quando se leva em conta a economia mundial do século XIX, pois os EUA acusavam 5,7 de crescimento da renda real, com um crescimento de população mais intenso no entanto, o que levava a uma taxa menor que a indicada para o Brasil.
Assim, considerando o caso do Brasil, onde o comércio exterior compunha a parte mais dinâmica do sistema, é no seu comportamento que o autor de Formação Econômica do Brasil procura a chave de crescimento dessa etapa. Dessa forma, para fins de análise, considerou-se a economia brasileira dividida em três setores principais:
1 – O do açúcar e do algodão associado a vasta zona de economia de subsistência;
2 - Aquele formado pela economia de subsistência do Sul do país; e,
3 - O que tinha como centro a economia cafeeira.

1. Açúcar, Algodão e economia de subsistência a estas ligada
Esse sistema estava formado pela faixa que se estende do Estado do Maranhão até Sergipe, excluída a Bahia por sua economia haver se modificado profundamente durante a 2ª metade do século XIX, pelo advento do cacau. A população que ocupava o território atualmente pertencente a oito estados brasileiros, a saber, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe ainda representava, de acordo com o censo de 1872, a terça parte da população do Império. Caso fosse acrescida a população baiana, o percentual atingiria quase a metade.
Entre os censos de 1872 e o de 1900, a população dessas antigas províncias (Império)/ Estados (República) citadas aumentou uma taxa anual de 1,2 por cento, taxa que aplicada ao meio século considerado acusa um incremento populacional de 80 por cento, bem superior ao da renda real gerada pelo setor exportador, que foi de 54 por cento.
As conclusões de Celso Furtado perante esses dados seriam no sentido de admitir que houve declínio na renda per capita desse sistema da economia brasileira, não sendo possível no entanto, quantificá-lo rigorosamente, pois temos que levar em conta que existiam dentro desse sistema, outros dois: o litorâneo (principalmente exportador) e o mediterrâneo (principalmente de subsistência).
Para que não tivesse havido redução na renda per capita da região, teria sido necessário que aumentasse substancialmente a produtividade no setor de subsistência, o que obviamente é uma hipótese inadmissível, pois durante essa época já se tornara notória a pressão demográfica sobre as terras agricultáveis da região.

2. A economia de subsistência do Sul do País
Esse setor da economia beneficiou-se indiretamente com a expansão das exportações. É preciso realçar o contraste entre a região de economia de subsistência do Sul do país e a região nordestina, que transparece claramente dos dados demográficos.A região das Colônias se beneficiou da expansão do mercado interno, seja diretamente, colocando alguns produtos como o vinho e a banha de porco, seja indiretamente, através da expansão urbana, possibilitada pelo aumento de produtividade no setor pecuário.
Encontrando mercado dentro do próprio país, capaz de absorver seus excedentes de produção, alguns setores da economia de subsistência puderam expandir a faixa monetária de suas atividades produtivas, como na região paranaense que conheceu a grande expansão de erva-mate. Neste caso, os colonos, em grande parte constituídos por população transplantada da Europa por planos nacionais e provinciais de imigração subsidiada, puderam dividir seu tempo entre a agricultura de subsistência e a extração de folhas de erva-mate, aumentando substancialmente sua renda.
Os colonos mais próximos do litoral se beneficiaram da expansão do mercado urbano, expansão que tinha seu impulso primário no desenvolvimento das exportações. No Rio Grande do Sul coube o impulso dinâmico de suas exportações para o mercado interno. Essas exportações, particularmente o charque, chegaram a constituir a metade das vendas totais do Estado para os mercados interno e externo ao fim do século passado.
Entre os censos de 1872 e 1900, as populações do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso aumentam 127 por cento, equivalente a uma taxa anual de 3 por cento. Considerou Celso Furtado ser muito provável que tenha aumentado a produtividade econômica média, e por conseguinte, a renda per capita, admitindo-se ainda que esse aumento de renda per capita tenha sido de alguma magnitude.

3. O sistema constituído pela região produtora de café.
Essa região compreendia então os Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, cujas populações consideradas em conjunto aumentaram a uma taxa de 2,2 por cento entre 1872 e 1900, superior à do Nordeste porém muito inferior à da Amazônia e a da região Sul.
O desenvolvimento da região cafeeira se realizou, nesse meio século, com transferência de mão-de-obra das regiões de mais baixa produtividade, e infere-se, do setor de subsistência dessa região para outras de mais alta produtividade, o que vale dizer, um processo inverso ao ocorrido no Nordeste na mesma época. A rápida expansão do mercado interno na região cafeeira teria de repercutir muito favoravelmente na produtividade do setor de subsistência, concentrado principalmente no Estado de Minas Gerais.
A transferência de mão-de-obra do setor de subsistência para o cafeeiro significava que a importância relativa deste estava aumentando, podendo-se, de acordo com Celso Furtado, admitir como provável que a renda per capita do conjunto da região não estaria crescendo com ritmo inferior ao do setor exportador, pois se a renda real gerada pelas exportações do café cresceram com a taxa anual de 4,5 por cento, dado o crescimento da população, a taxa de aumento anual da renda real per capita seria de 2,3 por cento.
Permaneciam fora dos três sistemas citados, a Bahia (13 % da pop. em 1872) e a Amazônia.(3% no mesmo censo). Na Bahia, a produção do cacau foi iniciada para fins de exportação na segunda metade do Dezenove, proporcionando uma alternativa para o uso dos recursos terra e mã-de-obra, de que não se beneficiaram as demais regiões nordestinas. Teve importância relativa pequena, apenas 1,5 do valor das exportações brasileiras nos anos 1890. Havia ainda como produto de importância, o fumo, antes destinado ao escambo de escravos, encontrara naquele meio século um mercado crescente na Europa.
Deduziu Celso Furtado, com base em algumas estatísticas, que a exportação per capita da região baiana não seria superior à nordestina, havendo indicações ainda que o desenvolvimento fora entorpecido pela ação profunda de fatores similares aos que atuaram no Nordeste como um todo. O que valeria dizer, que a melhora da situação de algumas regiões terá ocorrido simultaneamente com o empobrecimento de outras.
Quanto à região amazônica, cujas exportações alcançaram extraordinária importância relativa na etapa final do século, cumpre anotar que a participação da borracha no valor total das exportações elevou-se de 0,4 por cento nos anos 1840, para 15,0 nos anos 1890, decênio no qual o valor das exportações per capita duplicaram as da região cafeeira, se bem que tenhamos que levar em conta que grande parte dessa renda não revertesse à região, e parte substancial daquela que se revertia acabava liquidada em importações.
Finalizando, caberiam ainda algumas palavras sobre a economia brasileira no século XIX. Em uma economia do tipo brasileira, o coeficiente de importações era particularmente elevado, se observado apenas o setor monetário, ao qual se limitavam praticamente as transações externas. Os desequilíbrios na balança de pagamentos eram relativamente muito mais amplos, pois refletiam as bruscas quedas de preços das matérias-primas no mercado mundial. De acordo com Celso Furtado, devemos levar em conta as inter-relações entre o comércio exterior e as finanças públicas, pois o imposto às importações era a principal fonte de renda do governo central.
O que traz a lume algumas considerações. No momento em que se deflagrava uma crise nos centros industriais, os preços dos produtos primários caíam bruscamente, reduzindo-se de imediato a entrada de divisas no país de economia dependente.
Enquanto isso, o efeito dos aumentos anteriores do valor e do volume das exportações continuava a propagar-se lentamente. A forma como se financiavam as importações brasileiras contribuía para agravar a pressão sobre a balança de pagamentos por ocasião das depressões. As importações brasileiras procediam em grande parte da Inglaterra, ou se encontravam sob controle de casas comerciais inglesas, com grande liquidez nas praças brasileiras.
Essas casas inglesas emprestavam a médio prazo, aos comerciantes que exportavam para outros países. Assim, o comércio de importação é que financiava o de exportação. Ao ocorrer um colapso na procura de produtos brasileiros no exterior, acumulavam-se os fundos líquidos em mão dos importadores, fundos esses que advinham das vendas na etapa anterior de prosperidade. Esses fundos líquidos pressionavam sobre a balança de pagamentos, exatamente no momento em que se reduzia a oferta de divisas.
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Com esta postagem, entendemos por concluído o estudo do item 4.1 (Economia Brasileira), do Programa de Noções de Economia do CAD. Como assinalado no momento da postagem da primeira parte, as reflexões aqui colocadas não pretendem esgotar o tema,até por terem se limitado ao clássico escrito por Celso Furtado. Julgo que o estudo a ser realizado poderá comportar outras fontes, dentro se possível, da Bibliografia Sugerida nesse concurso. Portanto bom estudo a todos. Antonio Carlos

A Economia Brasileira no Século XIX (6ª Parte)




A Economia Brasileira no Século XIX – Parte 6

(Continuação...)

O problema de como aumentar a produção da borracha, em virtude de se tratar de extrativismo em árvores da Bacia Amazônica, colocava um nó na grande procura movida pelo comércio internacional.
Havia ficado demonstrado que uma ou mais plantas que produziam a matéria-prima da borracha (látex) poderia ser adaptada em outras regiões de clima similar ( o que não tardaria a acontecer sob capitais ingleses na Ásia), desde que contando com adequado suprimento de mão-de-obra e recursos para financiar o seu longo período de gestação.
A expansão da produção da borracha no Brasil foi uma questão de mão-de-obra, resolvida por braços nordestinos a partir de enorme transumância realizada nos fins do século dezenove, sendo que apesar da precariedade dos dados, comprova ter a população do Pará e Amazonas – consideradas em conjunto – saltado de 329.000 (censo de 1872), para 695.000 habitantes.
Ora, de acordo com o censo de 1900, esses dados correspondiam a um influxo externo considerado da ordem de 260.000 pessoas, não computados aqueles que haviam penetrado na região que viria a tornar-se depois, o Estado do Acre.
A tese do Prof. Celso Furtado é que, em virtude da magnitude desses dados, já existiria no Brasil de fins do século XIX, um reservatório substancial de mão-de-obra suficiente enquanto solução alternativa, caso não tivesse sido possível a solução pelo recurso ao imigrante europeu.
Seria para a Amazônia que seguiria o imigrante nordestino, seduzido por propagandas fantasistas dos agentes pagos pelos interesses da borracha, ou pelos exemplos daqueles que haviam outrora, amealhado recursos nos tempos em que a borracha alcançara melhores preços.
Aos novos imigrantes aguardavam doenças tropicais; na ignorância daquilo que se passava na economia mundial, permaneceriam na região, deixando-se ficar por falta de meios para regressar, regredindo à economia de subsistência e marcados por uma baixíssima taxa de reprodução.
Drama social somente parcialmente mitigado pela anexação do Acre ao território brasileiro, mesmo assim, mediante indenização à Bolívia ( 2 milhões de libras), e a obrigação da construção da estrada de ferro (Madeira-Mamoré), que proporcionasse à Bolívia acesso ao curso navegável do rio Madeira.
Ocorria então, em face de uma taxa de natalidade insignificante, um enorme desgaste humano em uma etapa da Economia na qual o problema fundamental da economia brasileira era aumentar a oferta da mão-de-obra.
E tão grande era essa necessidade, que para o homem que integrava o sistema escravista, a abolição do trabalho servil assumia proporções de uma hecatombe social. Nas palavras de Celso Furtado, a abolição da escravatura, à semelhança de uma “reforma agrária” não constitui per se, nem destruição, nem criação de riqueza, mas somente redistribuição da propriedade dentro da coletividade, apenas a propriedade da força de trabalho escrava passa do senhor de escravos para o indivíduo; este deixa de figurar na contabilidade daquele como um ativo, passando a constituir-se em mera virtualidade.
Para Furtado enfim, o aspecto fundamental que envolve o problema da abolição encontra-se no tipo de repercussões que a redistribuição da propriedade terá na organização da produção, no aproveitamento dos fatores disponíveis, na distribuição da renda e na utilização final dessa renda.
Observada a abolição de uma perspectiva ampla, conclui o Prof. Furtado que a mesma constitui-se mais em medidas de caráter político que propriamente econômico, pois abolido o trabalho escravo, em nenhuma parte foram observadas reais modificações na forma de organização da produção e, defende Furtado, mesmo na distribuição de renda, não obstante haver sido eliminada uma das vigas básicas dos sistema de poder formado na época colonial e que, ao perpetuar-se no século XIX, constituía em fator de pouco dinamismo econômico.

(Continua...)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Vamos visitar o CAOS!

Recebi dos organizadores do Blog CAOS (http://caos-ri.blogspot.com/) um amistoso convite para visitar suas páginas. Achei o Blog muito interessante, com matérias que aliam a atualidade com a epistème. Seus autores, Caio César, Larissa Sarrea e Vinícius de Almeida estão de parabéns. Agradeço ainda as palavras gentis que me dirigiram, e me sinto renovado ao conviver com vocês nessa saudável troca de conhecimentos.Estejam em casa, e continuemos nesse contato. O blog de vocês já se encontra em meus "favoritos".
Renovando a informação, nosso e-mail: estudosdiplomaticos@gmail.com
Através desse endereço, podemos repassar muito material. Aguardo.
Em breve vou disponibilizar os endereços eletrônicos que consegui reunir. É só aguardar. Um abraço a todos.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A Economia Brasileira no Século XIX - (5ª parte)




A Economia Brasileira no Século XIX – Parte 5

(Continuação...)

A solução que equacionou a vinda do imigrante viria em 1870, sendo verdade como nos lembra o Prof. Celso Furtado, acompanhada de um conjunto de condições favoráveis do lado da oferta. Uma dessas condições foi a unificação italiana, de profundas conseqüências econômicas, onde o Sul da península, ou seja o reino das duas Sicílias, de menor grau de desenvolvimento e mais baixa produtividade agrícola acabou em difícel situação frente ao Norte, mais desenvolvido. A conseqüência foi a desorganização das indústrias manufatureiras do Sul, inclusa a indústria têxtil que contava com grau de desenvolvimento relativamente alto. Com isso, veio a pressão sobre a terra, do excedente de população agrícola, gerando intranqüilidade social, onde a solução migratória apareceu como verdadeira válvula de escape.
Assim, as bases para a formação da grande corrente imigratória que tornaria possível a expansão da produção cafeeira no Estado de São Paulo foram lançadas quando o governo imperial passou a encarregar-se dos gastos do transporte de imigrantes. Nessa solução, o fazendeiro deveria cobrir os gastos do imigrante durante seu primeiro ano de atividade, devendo colocar à sua disposição terras em que pudesse cultivar os gêneros de primeira necessidade para manutenção da família. O imigrante teria, na avaliação de Furtado, seus gastos de transporte e instalação pagos e sabia a que se ater com respeito à sua renda futura.
Dentre as atividades produtivas já tratadas, falou-se de sistemas, onde figura a grande lavoura de exportação. Contudo, nos poros dessa economia voltada “para fora” aparecem vez por outra referências à lavoura de subsistência. Convém dedicarmos algumas linhas a essa importante atividade econômica que não estava voltada para o mercado externo. Lembramos então que foi no Sul da província de Minas, como reflexo da expansão da mineração que se formaram núcleos de população rural. Desse comércio de gêneros e animais, surgiram os capitais da vanguarda da expansão cafeeira.
É também uma precária economia de subsistência que tão mal impressionou os viajantes europeus que atestaram o rudimentar sistema econômico das primeiras colônias de imigrantes alemães instaladas no Brasil. Na verdade mesmo se não omitirmos o fato que, como escreveu Celso Furtado, essas colônias careciam totalmente de fundamento econômico, somos forçados com esse autor a admitir que em virtude da abundância de terras, o sistema de subsistência tende naturalmente a crescer, implicando a mais das vezes esse crescimento em redução na importância relativa da faixa monetária. Como afirmou Furtado, o capital que dispõe o roceiro é mínimo e o método que utiliza para ocupar novas terras o mais primitivo. Reúnem-se em grupos, abatem as árvores maiores e em seguida usam o fogo como único instrumento para limpar o terreno. Entre troncos e tocos não destruídos, plantam a roça, sendo que para os fins estritos de alimentação de uma família, essa técnica será o suficiente. O “caboclo” é uma criação da economia de subsistência. A esse caboclo não conviria abandonar essas primitivas técnicas por outras mais avançadas, pois o excedente de sua produção não teria valor econômico.
Se a roça era a unidade econômica mais importante da economia de subsistência, do ponto de vista social, a unidade mais significativa era a que tinha como chefe o proprietário de terras, a quem interessava que o maior número de pessoas vivessem em suas terras, pois se cabia a cada um tratar de sua própria subsistência, o senhor de terras poderia dispor da mão-de-obra de que necessitasse, e o prestígio de cada um dependia da quantidade de homens que pudesse utilizar a qualquer momento, e para qualquer fim.
Assim, há de se registrar os fluxos migratórios onde florescera a economia mineira, com a população deslocando-se a grandes distâncias em razão da maior escassez de boas terras, formando uma corrente migratória em direção ao Estado de São Paulo, bem antes de neste penetrar a lavoura cafeeira. Outra dessas correntes investiu na direção do Mato Grosso, ocupando primeiro as terras bem irrigadas do Triângulo Mineiro.
Atesta ainda Furtado que as colônias européias localizadas no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, em virtude da qualidade e abundância de suas terras proporcionavam, mesmo a um nível baixo de técnica agrícola, um suprimento mais que adequado de alimentos que se traduzia em uma altíssima taxa de crescimento demográfico vegetativo. Esses fatores – massa populacional e excedente de alimentos – constituirão fatores básicos do rápido desenvolvimento da região sul do país em etapas subseqüentes, quando a expansão do mercado interno, ao impulso do desenvolvimento cafeeiro, criar os estímulos que anteriormente não existiam.
Na região nordestina essa expansão já se realizava desde o século XVII e na segunda metade do século XIX, em algumas de suas sub-regiões, os sintomas de pressão demográfica sobre a terra tornaram-se mais ou menos evidentes. O desenvolvimento da cultura algodoeira, nos primeiros decênios do Dezenove, havia, ao permitir uma diversificação da atividade econômica, auxiliado para intensificar o crescimento da população. Mas ondas de prosperidade da cultura algodoeira, como as experimentadas pela elevação de preços causada pela Guerra Civil norte-americana durante os anos sessenta, ao mesmo tempo que traziam riqueza, contribuíam também para criar um desequilíbrio estrutural na economia de subsistência, à qual sempre revertia à população nas etapas subseqüentes. Esse problema estrutural assume extrema gravidade por ocasião da prolongada seca de 1877-80, onde desapareceu quase todo o rebanho e pereceram entre cem a duzentas mil pessoas.
Uma das soluções então apresentadas foi a emigração para outras regiões do país, e especialmente para a região amazônica, pois os governos dos Estados amazônicos interessados, organizaram serviços de propaganda e concederam subsídios para o transporte.
Cumpre lembrar que a economia amazônica entrara em decadência desde fins do século XVIII, quando foi desorganizado o engenhoso sistema de exploração da mão-de-obra indígena, estruturado pelos jesuítas. Em pequena zona do Pará se desenvolvera uma agricultura de exportação que seguia de perto a economia maranhense. O algodão e o arroz haviam conhecido uma etapa de prosperidade por ocasião das guerras napoleônicas. A base da economia da região eram as especiarias extraídas da floresta, sendo que destes produtos extrativos, o cacau era o mais importante, porém a forma como era produzido não permitia que o produto alcançasse maior significação econômica.
O aproveitamento dos demais produtos da floresta deparava-se sempre com a mesma dificuldade: quase inexistência de população e dificuldade de organizar a produção com base no escasso elemento indígena local. No caso da borracha, é registrada sua exportação desde os anos 20. Nos anos 40, a média era de (460 ton. anuais), 1.900 ton no decênio seguinte e 3.700 ton. nos anos sessenta, momento no qual começa a se registrar aumento nos preços do produto.
A borracha estava destinada nos fins do séc XIX e começos do séc XX, a transformar-se na matéria prima de procura mais rápida no mercado mundial, pois a indústria de veículos terrestres a motor de combustão interna será o principal fator dinâmico das economias industrializadas, durante um largo período que compreende o último decênio do século XIX e os três primeiros do séc XX.
(Continua...)

A Economia Brasileira no Século XIX - Parte IV






A Economia Brasileira no Século XIX – Parte 4

(Continuação...)

Utilizando intensivamente a mão-de-obra escrava e contando com abundância de terras, a empresa cafeeira, amplamente baseada neste último fator, contava ainda com a formação de uma nova classe empresarial cuja vanguarda, desde o começo, esteve formada por homens com experiência comercial, no que aliás, ressalta Celso Furtado, que em toda a etapa da gestação da economia cafeeira, os interesses da produção e do comércio estiveram entrelaçados. Essa classe de empresários desempenhará papel fundamental no desenvolvimento subseqüente do país.
Muitos daqueles que se haviam dedicado ao abastecimento da capital do país, a qual sofrera grande transformação de hábitos de consumo com a vinda da Corte portuguesa, ao acumular alguns capitais no comércio e transporte de gêneros e de café, passaram a interessar-se pela produção, no que se constituíram na vanguarda da expansão cafeeira. Esta nova classe dirigente formou-se, conforme anotou Celso Furtado, “numa luta que se estende em uma frente ampla: aquisição de terras, recrutamento de mão-de-obra, organização e direção da produção, transporte interno, comercialização nos portos, contatos oficiais, interferência na política financeira e econômica”.
A proximidade da capital do país constituía, evidentemente, uma grande vantagem para os dirigentes da economia cafeeira. Desde cedo eles compreenderam a enorme importância que podia ter o governo como instrumento de ação econômica. Este grupo possuía, na opinião do Prof. Celso Furtado, uma consciência clara dos seus próprios interesses, o que os diferenciaria dos grupos dominantes anteriores ou mesmo dos contemporâneos.
Ao findar o terceiro quartel do séc. XIX, o país reitegrara-se nas linhas em expansão do mercado mundial, conseguira manter unidade política e territorial com extensas terras agricultáveis, contava com uma classe empresarial apta a autofinanciar a extraordinária expansão que a economia cafeeira conheceria, mas enfrentava um problema crucial: a mão-de-obra.
O censo de 1872 revelava uma força de trabalho escrava orçada em cerca de um milhão e meio de indivíduos. Dados revelam que a importação de escravos pelo Brasil havia sido três vezes maior que as realizados pelos norte-americanos na primeira metade do século XIX. Tendo crescido a procura de escravos no Sul para as regiões do café, o tráfico interno passa a intensificar-se, sendo transferidos escravos das regiões cuja rentabilidade econômica encontrava-se reduzida. A primeira vítima dessa drenagem de mão-de-obra foi a decadente região algodoeira, em particular o Maranhão. A região açucareira, mais capitalizada defendeu-se melhor dessa drenagem.
Em uma economia primário-exportadora como era a brasileira, o crescimento dava-se – ao contrário das economias industriais, que possuem o fator tecnológico – puramente em extensão. Destarte, o crescimento da economia brasileira deveria ocorrer puramente pela ampliação do fator disponível “terra” aliado à incorporação de mais mão-de-obra, de onde se colocava a grande questão fundamental: o aumento da oferta de força de trabalho disponível para a grande lavoura.
Foi sugerido fomentar a imigração européia como solução alternativa para o problema da mão-de-obra. Estes deveriam vir então para aumentar a oferta da mão-de-obra para a “grande lavoura”, denominação da época que deveria corresponder ao termo plantation utilizado pelos ingleses; ingleses que cabe anotar, reexportavam para as Antilhas, como trabalhadores “livres”, os africanos apreendidos nos navios negreiros que se dirigiam ao Brasil. Em contraposição, convém lembrar que nos EUA, a imigração européia nada tinha a ver, ao menos em termos diretos, com a oferta de mão-de-obra para as plantações. O escravo negro norte-americano apresentava apreciável crescimento vegetativo, no que ainda cabe lembrar, muitos não trabalhavam em grandes plantações.
Os Estados Unidos se beneficiavam ainda dos navios cargueiros e semi-cargueiros que se dirigiam à Europa com grandes carregamentos de algodão; o volume mais condensado das importações para a América permitiam que na viagem de retorno, fossem praticados baixos preços nas passagens, favorecendo os novos colonos que ainda contavam com um mercado de trabalho em expansão, em parte reflexo do desenvolvimento das plantações no Sul, à base do trabalho escravo.
No caso brasileiro, a imigração européia adquiria condições bastante distintas. As colônias criadas careciam, nas palavras de Celso Furtado, do fundamento econômico, tendo na sua razão de ser a crença na superioridade inata do trabalhador europeu, particularmente se tivessem origem distinta dos antigos colonizadores portugueses. Para esses, pagava-se transporte, gastos de instalação e promoviam-se obras públicas artificiais para oferecer trabalho.
O que não livrava essas colônias de uma vida bastante precária, não havendo mercado para os seus excedentes de produção. Em breve, já por volta de 1859, se proibia a imigração alemã para o Brasil. O êxito das políticas imigratórias vinculava estas à dedicação imediata dos imigrados nas atividades produtivas rentáveis. Isto só poderia ocorrer se a colônia se integrasse nas linhas de produção de um artigo de exportação, ou fosse orientada de imediato para a produção de artigos que dispusessem de mercado no país. A produção para exportação estava no entanto, organizada no sistema de grandes plantações, exigindo imobilização de capital não acessível aos colonos em sua etapa de instalação; e caso se decidissem a plantar café, teriam de concorrer com empresas que exploravam a mão-de-obra escrava.
A classe dirigente da economia cafeeira passava a preocupar-se diretamente com o problema, e um grande plantador, o Senador Vergueiro, contrata diretamente seus trabalhadores da Europa, no que conseguiu do governo o financiamento do transporte, transferindo 80 famílias de camponeses alemães para sua fazenda em Limeira. Simples adaptação do sistema adotado nos EUA da época colonial, onde o trabalhador vendia o seu trabalho futuro, no caso brasileiro a diferença era que em vez do financiamento correr por conta do empresário, o governo cobria a parte principal do financiamento, que era a passagem da família.
Esse sistema, como sabemos, degenerou rapidamente em uma forma de servidão temporária, onde sequer havia um limite fixado de quando tal servidão terminaria. Com os anos sessenta, o evento da Guerra da Secessão e a melhoria dos preços do café, ficava ainda mais restringida a oferta interna de escravos do Norte para o Sul, em virtude da grande alta nos preços do algodão. A pressão desses acontecimentos sobre o mercado de trabalho fez com que se iniciasse um sistema de pagamento ao colono. Inicialmente o sistema adotado fora o da parceria, cabendo ao colono a metade do risco que cabia ao senhor das terras, com a perda da colheita acarretando em miséria para o colono em face de sua precariedade financeira.
O sistema misto é introduzido a partir dos anos sessenta, ficando garantido ao colono a parte principal da sua renda, sendo sua tarefa básica cuidar de um certo número de pés de café, recebendo para isso, um salário monetário anual, o qual era complementado por outro variável, pago no momento da colheita, em função do volume desta.

(Continua...)