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Este espaço foi criado para reunir conhecimentos acadêmicos e informações relacionadas ao Concurso para ingresso no Instituto Rio Branco.



sábado, 4 de abril de 2009

Roteiro de estudos para Noções de Economia

Roteiro de estudos para a disciplina Noções de Economia

Esta disciplina cresceu em importância nos últimos certames desse concurso. Há quem afirme que a alteração no seu status encontra-se ligada ao novo perfil requerido para o profissional a ser recrutado. A criação da OMC, seus mecanismos de solução de controvérsias, e os contenciosos nos quais o Brasil se envolveu nos últimos anos (vejam o caso Brasil/Embraer x Canadá/Bombardier, fundamentam e decisão por tais perfis. Aqueles que se formaram em Economia, Administração, Ciências Atuariais e áreas afins assumem alguma vantagem. De qualquer maneira, uma verdade maior se apresenta: como também já andaram afirmando, o conceito de “noções” para o pessoal do CESPE/Unb possui outro significado.
Cumpre aqueles que se propõem a estudar seriamente para o concurso uma boa dosagem de conhecimentos de ciência econômica. É sob o risco de cometer equívocos muito grandes, por não ser dessa área de conhecimento que exponho minha estratégia para cumprir o programa proposto pela Banca examinadora. A comparação do Programa com a Bibliografia sugerida (p.63 e 64 do Guia de Estudos ed 2009), as escolhas, salvo juízos mais competentes, assumiram para mim, o formato abaixo:
- Considerado o programa em 4 partes, a saber, MICROECONOMIA; MACROECONOMIA; ECONOMIA INTERNACIONAL; e, ECONOMIA BRASILEIRA, aposto nas seguintes obras, todas da bibliografia sugerida:
1. O Manual de Economia, conhecido como o “Manual dos Professores da USP” possui uma parte introdutória a qual defendo não ser bom desconhecer. Em minha edição que é de 1991, esta parte está entre as páginas 3 e 27. É bom para “quebrar o gelo”, um contato inicial com a matéria. Até defenderia que o Manual dos Uspianos não é tão indecifrável assim, caso ele possuísse exercícios de fixação para microeconomia e macroeconomia. E por isto julgo melhor adotar outra obra entre as sugeridas. Porém mantenha-o sobre a mesa, pois ele possui apêndices que podem ser considerados como importantes, pois contemplam a economia brasileira.
2. Passemos ao que parece ser a unanimidade entre os atuais e futuros economistas: Introdução à Economia: Princípios de Micro e Macroeconomia, de N.G. Mankiw. Sua didática bem sucedida fica evidente à medida que se tenta – normalmente em vão – emprestá-lo em uma biblioteca universitária sem realizar prévia reserva. Desembolsar os cerca de R$100,00 parece ser então a solução.
3. Chegamos à Economia Brasileira. E seremos também pragmáticos. Como desdenhar um texto como Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado ? Para os indecisos aponto que esta obra é leitura obrigatória no programa de Português (p.22 – Guia de Estudos 2009), de História do Brasil (p.29 – Guia de Estudos 2009), além de figurar no Programa de Noções de Economia, pelo menos desde 1998. Com ênfase na Quarta Parte da obra: Economia de transição para o trabalho assalariado (mas somente para o programa de Noções de Economia, viu?. Para o Português e a História do Brasil, o negócio é ler tudo.)
4. Feita esta excelente leitura do grande mestre, seria ainda bom recorrer aos escritos da tanto excelente quanto carismática Maria da Conceição Tavares, “Da substituição de importações ao Capitalismo Financeiro”, com o capítulo “Auge e declínio do Processo de Substituição de Importações no Brasil”. Na minha edição de 1975, o texto abrange as páginas 27 a 124. A mesma importância dada a Celso Furtado no programa de noções de Economia vale para a Maria da Conceição Tavares, que persiste no programa pelo menos desde 1998.
5. A Ordem do Progresso: Cem anos de Política econômica republicana (1889-1989). Esta obra é incontornável. Ler com atenção. Possui livro de cabeceira? Então adote este.
6. Válida ainda será a leitura do capítulo “Economia Brasileira Contemporânea” (413 a 437) do bom Manual do Candidato, “Noções de Economia”, preparado com esmero por Carlos Águedo Nagel Paiva e André Moreira Cunha. Leia com especial atenção o que se refere aos anos 90. Você poderá baixá-lo gratuitamente e depois imprimir o capítulo citado. O endereço encontra-se na secção deste Blog destinada às formas de aquisição da Bibliografia. Mesmo se possuir o Mankiw ou o Manual dos Uspianos, sugiro manter este manual por perto.
7. Disponível ainda deve estar as Notas Metodológicas do Balanço de Pagamentos. Notas Técnicas do Banco Central do Brasil. Nº 1, junho, 2001. texto disponível, conforme o Guia de Estudos/2009, na página http://www.bcb.gov.br

Acho que é isto. Bom estudo a todos.

5 comentários:

  1. Bom dia a todos,
    Fiquei surpreso com a quantidade de exercícios da última prova o que, de certa forma, me deixou com dúvidas qto às prioridades no programa de estudos para este ano. O que acharam?

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  2. Não entendo o q vc quer dizer c/ "quantidade de exercícios"...

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  3. fala pessoal
    achei um preço promocional pelo Mankiw (Introdução à economia - R$ 81,50)
    http://www.submarino.com.br/produto/1/70792/?franq=102414
    e parabéns pelo blog Antonio!
    abraços

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  4. Olá, Ricardo. O preço está muito bom. Quem puder adquirir, será uma boa aquisição. Obrigado pela gentileza das palavras. Iremos melhorar o Blog, e quando escrevo na 1ª p. do plural é porque conto com todos vocês. Será obra coletiva. Um abraço.

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  5. Eu adquiri o Mankiw. A didática e boa sim, Antônio. Mas acho que o livro é completamente neoliberal, não tem nenhum senso crítico, e apresenta os modelos como se fossem uma coisa exata ao invés de limitados e probabilísticos. Tratando o leitor como se fosse um acéfalo. Ele só é moderno no design, na verdade ele é por demais anacrônico e reacionário. Não o aconselho pra que desconhece economia por completo. A não ser que se prefira uma formação neoclassíca, onde a economia é vista como uma ciência exata, em detrimento de qualquer contribuição social para a melhora do mundo.
    Na minha opinião a boa doutrina em economia está no manual do candidato de economia.

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