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sábado, 31 de outubro de 2009

A Guerra de Secessão (Parte II)



A Guerra de Secessão ( Parte II )

(...Continuação)

Em seu clássico A Era do Capital, o historiador inglês Eric Hobsbawm acentuou, em relação à História Norte-Americana dois temas, no seu entendimento, profundos e eternos: o Oeste e a Guerra Civil, no que assinala, ter sido a abertura do Oeste, nomeadamente suas partes Sul e Central que vieram a precipitar o Conflito bélico.
Naquele momento então, coexistiam nos Estados Unidos da América duas sociedades: a representada pelos Estados do Norte, caracterizada por colonos livres, despontar do capital, migração européia e oportunidades em ascensão e a representada pelos Estados do Sul, basicamente uma sociedade agrária e escravista de exportadores de produtos primários, onde o algodão era o principal produto de exportação para os cotonifícios ingleses.
O ano de 1860 serviu como uma espécie de desfecho decisivo em termos de escolhas: Abraham Lincoln, republicano, fora eleito para a presidência dos Estados Unidos, derrotando Stephen A. Douglas, democrata nortista, Jhon C. Breckinridge (democrata sulista), e John Bell (unionista constitucional). Anos antes, em 1854, ocorrera um conflito entre os Estados de Kansas e Nebraska sobre a introdução do escravismo no centro do país, fato que viria a precipitar a formação do Partido Republicano.
A assunção de Lincoln à presidência dos Estados Unidos levaria à secessão dez Estados, que doravante seriam denominados Estados Confederados da América, onde participam inicialmente a Carolina do Sul, Geórgia, Alabama, Flórida, Mississipi, Louisiana; sendo que após o bombardeio do Forte Sunter, a Virgínia, a Carolina do Norte, o Tennessee e o Arkansas. De fora dessa Confederação ficavam alguns estados hesitantes: Maryland, West Virgínia, Kentucky, Missouri e Kansas.
Existe na historiografia uma disputa sem fim acerca da natureza e origens da Guerra Civil Norte-Americana, em uma discussão que se volta para a existência ou não de compatibilidade entre a sociedade escravista que havia no Sul dos EUA e o capitalismo dinâmico e expansivo do Norte. Para Eric Hobsbawm, a verdadeira questão seria saber porque essas sociedades contrastantes acabaram indo à guerra e ao desejo de secessão, ao invés de buscarem formas de coexistência.
(Continua...)

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