Tarefas para o Estudo Dirigido de Política Internacional
1) Leia atentamente o seguinte texto:
“Em um mundo com ameaças menores mas, em alguns aspectos, mais mortais, a capacidade de defender-nos e de defender nossos amigos contra ataques de mísseis e outras armas terroristas pode fortalecer nossa estratégia nuclear e fornecer complemento importante às capacidades puramente de retaliação. Além disso, a capacidade de proteger nossas forças é essencial para preservar nossa liberdade de ação em uma crise. Com esse propósito, deve-se alcançar defesa eficaz como mísseis (não apenas defesa doméstica, mas também a capacidade de defender as forças norte-americanas no exterior, nossos aliados e amigos) da maneira mais eficaz em relação ao custo que ofereça a moderna tecnologia.” (Donald Rumsfeld, março de 2001).
Em relação ao texto acima: a) Identifique a corrente teórica das RI que melhor enquadram a fala do Ex-Secretário de Defesa Norte-Americano ( 20 de Janeiro de 2001 a 8 de Novembro de 2006) , sob o governo republicano do Presidente George W. Bush.
b) Justifique sua resposta extraindo da transcrição acima, os pressupostos dessa corrente teórica, anotando pelo menos, duas evidências que autorizem a identificação com a corrente proposta.
2) Tendo ainda em mente a fala de Rumsfeld, realize um esforço no sentido de correlacionar a preocupação daquele antigo Secretário de Defesa, com o padrão histórico perseguido pelos EUA, conforme exposto no texto de Cristina S. Pecequilo. (A Política Externa dos Estados Unidos: continuidade ou mudança?. Porto Alegre: UFRGs, 2003)
3) No voo de volta ao Brasil , o “Blog do Planalto”, sítio eletrônico estatal vinculado à Presidência da República, entrevistou o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, sobre o acordo firmado às vésperas, no dia 17 de maio entre Irã, Brasil e Turquia para o enriquecimento do urânio iraniano com fins pacíficos. O ministro estava convicto de que o acordo daria as condições necessárias para se evitar novas sanções ao Irã, e comemorava a vitória da diplomacia sobre a pressão.
Observe abaixo, trechos da entrevista do Chanceler Celso Amorim, que auxiliam na compreensão sobre a posição brasileira em relação à crise iraquiana:
“Capacidade de persuasão do Brasil e da Turquia foi mais eficiente do que a linguagem da pressão”, dizia Amorim.
Para o chanceler brasileiro, os parágrafos do acordo que dizem respeito à troca do urânio iraniano - depósito de 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido na Turquia e recebimento, até um ano depois, de 120 quilos de urânio enriquecido a 20% - são os mais importantes, por ser “um instrumento fundamental para a criação de confiança e abrir o diálogo”.
Celso Amorim frisava ainda que o acordo prevê a continuação das negociações, e fazia questão de destacar ser a primeira vez que o Irã aceitava depositar seu urânio num terceiro país (no caso, a Turquia) e assumir por escrito seus compromissos com a Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA).
“Eu acho que não há fundamento algum para novas sanções à luz do acordo. Não sou dono da cabeça de ninguém, mas eu acho que estão dadas as condições para a solução do caso do programa nuclear iraniano.”
a) dos textos acima transcritos, quais pressupostos, levando-se em conta as correntes teóricas das Relações Internacionais, melhor espelha a posição brasileira ?
b) Da fala do Chanceler brasileiro, é possível identificar alguma continuidade quanto ao padrão histórico das Relações Internacionais do Brasil?
4) Em relação à crise do Irã, o que mais difere as posições do Brasil e dos Estados Unidos, tomando-se em consideração os padrões históricos brasileiro e americano ?
(Para melhor resposta a esta questão, fica sugerida a leitura de Inserção Internacional: formação dos conceitos brasileiros, do Prof. Amado Luiz Cervo, juntamente com o texto da Prof Cristina Pecequilo, mencionado acima) .
Para responder, utilize o espaço reservado aos comentários. Respondem apenas os leitores inscritos para esta atividade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário