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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Política Internacional: As "Escolas" Teóricas da Política Internacional - III


(Continuação...)

O Marxismo – Durante grande parte do século XX, o marxismo foi uma alternativa popular para muitos. Seus construtos teóricos repousam em Karl Marx e Friedrich Engels, tendo sofrido ao longo do tempo atualizações, entre outros, de Lênin e Gramsci. O Marxismo concentra-se na estrutura econômica interna dos Estados capitalistas: a classe econômica, a produção e as relações de propriedade. Os marxistas limitaram sua análise aos motivos econômicos e à globalização capitalista, e dessa maneira, nas palavras de Joseph Nye, subestimaram o nacionalismo, o poder do Estado e a Geopolítica. Sua falta de atenção à Diplomacia e ao equilíbrio de poder levaram a uma compreensão deficiente da Política Internacional e a previsões erradas.

O Construtivismo – O construtivismo é um posicionamento que rejeita a busca de leis específicas que caracteriza as duas teorias tradicionais do realismo e do liberalismo. Costuma apresentar generalizações contingentes e classificações contundentes como forma de explicação para debates da Política Internacional como soberania, intervenção humanitária, direitos humanos e genocídio. Dessa forma o construtivismo oferece um complemento importante às teorias tradicionais do realismo e do liberalismo. Os construtivistas inspiram-se em campos e disciplinas diferentes para examinar os processos pelos quais os líderes, os povos e as culturas alteram suas preferências, moldam sua identidade e adotam um novo comportamento. Os construtivistas apontam que conceitos como nação e soberania, que dão sentido à nossa vida, assim como às nossas teorias, são construídos socialmente, não existindo de maneira independente, como uma realidade permanente. Em crítica ao realismo e ao liberalismo, os construtivistas denunciam que estes não foram capazes de explicar adequadamente a mudança a longo prazo na política mundial. Entre as idéias-chave de maior validade aos construtivistas, aparecem a “importância das idéias” e da cultura, capazes de “moldar tanto o discurso, quanto a realidade da política internacional”, assim como as ligações entre a “subjetividade suprema dos interesses” e as “identidades em mutação”.

( Na imagem acima, o pensador marxista italiano Antonio Gramsci ( 1891 - 1937 ) cujos trabalhos inspiraram uma linha de pesquisa marxista que investiga aspectos da estruturação da ordem internacional, voltada para os mecanismos de formação do consenso como parte do estabelecimento dos padrões de dominação )

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